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18/01/2012 - 07h05

Cães 'invadem' empresas para ampliar produtividade

CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO

Bunny, uma sheep dog de seis anos, não gosta de ficar sozinha em casa. A dona da cadela, Amanda Girardi Chohfi, 35, também fica infeliz com essa situação.

A solução encontrada pela professora de joalheria foi levar o cão para o trabalho, na Escola Arte e Metal, em São Paulo, com a autorização da chefe --que também vai com o cachorro, um labrador.

Isadora Brant/Folhapress
Amanda Girardi, a sheep dog Bunny e o labrador Cooper
Amanda Girardi, a sheep dog Bunny e o labrador Cooper

A companhia de Bunny durante o expediente deixou Chohfi "mais calma e alegre".

Embora não seja prática comum no Brasil, a presença de pets nas empresas tem sido usada para estimular o bom clima organizacional, assinala Rachel de Carvalho Vieira, consultora da Ricardo Xavier Recursos Humanos.

Não há hoje pesquisas sobre produtividade e animais no ambiente de trabalho.

No entanto, segundo estudos do professor do Departamento de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) César Ades, a relação com animais de estimação reduz os níveis de estresse, aumenta a sociabilidade do dono e promove a integração. "Mas não é uma solução mágica."

UIVOS

Para Regina Jordão, 51, dona do Instituto Pello Menos, de depilação, a presença dos labradores Gilmar e Snack, de nove anos, melhora o desempenho dos 25 empregados.

Jordão explica que os funcionários também podem levar animais, mas ninguém ainda tomou a iniciativa.

Contratempos podem estar entre os motivos. Em algum momento, o dono terá de enfrentar situações como latidos ou xixi no escritório --essa última vivida por Ruth Sieveking, 32, analista da Gaia Criative, de tecnologia.

Os colegas a ajudaram a limpar a sujeira deixada pelas vira-latas Nina e Tita.

"Há perda de produtividade do dono, que tem que ficar de olho no cachorro", contrapõe Cezar Tegon, diretor da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

Não existem leis que proíbam a presença de animais nas empresas, mas normas de higiene que variam conforme o setor, diz o especialista em direito do trabalho João Armando Amarante.

 

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