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05/08/2012 - 06h15

Profissionais têm ascensão rápida em pequenas empresas tecnológicas

FELIPE MAIA
DE SÃO PAULO

Aceitar um emprego em uma start-up é uma decisão de risco, já que, se o negócio não for bem-sucedido ou se a empresa não encontrar investidores, ela pode fechar rapidamente. No Brasil, 30% de todas as empresas não sobrevivem por mais de dois anos, de acordo com o Sebrae.

Lucas Lima/Folhapress
Elisabeth Gomes trocou grande empresa por start-up para crescer rapidamente
Elisabeth Gomes trocou grande empresa por start-up para crescer rapidamente

"Uma start-up pode desaparecer de um dia para o outro ou virar o próximo Facebook", resume Gustavo Caetano, presidente da Associação Brasileira de Start-ups.

O caso da rede social é emblemático porque a empresa compensa seus funcionários com ações. Quando o Facebook começou a negociar esses papéis na Bolsa, em maio, havia a expectativa de que muitos deles se tornassem milionários ao vender as ações, o que será permitido a partir deste mês.

No Brasil, pequenas empresas de tecnologia também têm o costume de premiar os melhores funcionários com ações, o que os torna sócios. E elas dizem pagar salários compatíveis com os que profissionais ganhariam em uma companhia de maior porte.

"O pacote de compensações está no nível do mercado. O funcionário não vai ganhar muito menos do que em uma grande empresa", diz Flavio Pripas, fundador da Fashion.Me, uma rede social voltada ao universo da moda.

Hoje, o salário inicial de um analista de desenvolvimento de sistemas, uma função comum em empresas de internet, é de R$ 3.100 em São Paulo, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação.

DEGRAUS

Há quem assuma o risco de deixar a estabilidade de uma multinacional para trabalhar em uma pequena empresa de tecnologia.

No caso de Elisabeth Gomes, 27, o atrativo não foi o salário, mas a possibilidade de crescer rapidamente na profissão.

Em novembro de 2010, ela deixou o trabalho em uma rede mundial de lojas de roupas para ocupar o cargo de assistente de compras na Dafiti, uma plataforma on-line de moda, quando a empresa tinha apenas dez funcionários. Um ano e meio depois, o negócio tem 1.100 empregados e Gomes já foi promovida. "Em uma grande empresa eu levaria muito mais tempo, porque teria de passar por várias etapas até chegar a esse cargo", diz.

Editoria de Arte/Folhapress

Alexandre Benedetti, consultor da agência de recrutamento Hays, diz que esse "apetite pelo risco" varia de acordo com o momento de vida do profissional -alguém que tenha filhos, por exemplo, vai ter mais dificuldades de tomar a decisão.

"Moro com meus pais. Se a empresa não tivesse dado certo, eu não teria tido muitos problemas", diz Gomes.

Para os jovens, outro ponto atraente das start-ups é a autonomia. Como não há vários chefes de diferentes hierarquias, os profissionais sentem que tomam decisões mais importantes.
"Há um maior grau de responsabilidade e você se sente o dono do negócio, mesmo não sendo. Seu trabalho influencia no resultado de modo muito direto", diz Ricardo Grandinetti, 32, gerente de produto do LikeStore, serviço que permite a criação de lojas no Facebook e que hoje tem três funcionários.

 

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