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19/08/2012 - 06h21

"É importante ser estratégico e oportunista", diz consultora de carreira

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

A norte-americana Marianne Ruggiero já foi chefe de recursos humanos em empresas como o Citibank e a loja de roupas J. Crew, nos EUA. Mas, nos últimos anos, dedica-se à consultoria de carreira que abriu, a Optima.

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Folha - Que tipo de pessoa procura a senhora?
Marianne Ruggiero - Entre meus clientes há muita gente na casa dos 20 anos. Sou conhecida entre esse público como alguém que irá ajudar a lançar carreiras. Fazer a transição da faculdade para o mercado de trabalho é algo cada vez mais difícil.

Quais dicas você dá sobre como seus clientes podem ser candidatos competitivos?
Eu os ajudo a montar uma estratégia, a pensar qual o alvo deles, do que precisam ir atrás. É importante ser estratégico e oportunista. E também ter uma direção: estar aberto a qualquer coisa e ter uma atitude como "faço qualquer trabalho" ou "recebo qualquer salário" pode ser muito prejudicial.

Por que profissionais empregados buscam o seu serviço?
Eles acham que estão estagnados. Muitos não têm ideia do que querem. Eles têm perguntas pertinentes em cada fase. Aos 20, é "no que devo me especializar?" ou "devo aceitar um emprego só pelo dinheiro?".

Qual é a correlação entre a situação da economia e a demanda do mercado por consultores de carreira?
Não há correlação alguma. Não tenho expectativa de conseguir um emprego para ninguém e deixo isso claro para os clientes.

E como é a consultoria?
Desenvolvi um processo para ajudar as pessoas. Faço entrevistas e questionários e chego a um conjunto de quase 60 dados sobre cada pessoa. Há informações sobre os valores, a personalidade e o estilo de trabalho, para saber como é o DNA da carreira do cliente. Aos interessados em ir atrás disso sem pagar um profissional como eu, recomento o livro "Who Am I", de Steven Reiss.

É difícil convencer alguém do próprio perfil?
Não. Eles entendem como funciona. Não estou lendo cartas de tarô.

O que mais influencia alguém a encontrar a carreira certa?
Sorte. Acho que as pessoas devem ser muito gratas à sorte que tiveram. Em uma carreira, os resultados não vêm só de talento. Mas, para ter sorte, é importante estar preparado.

Carolina Daffara/Folhapress
 

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