Publicidade
08/05/2011 - 07h21

Cresce seguro do governo a mulheres

DE SÃO PAULO

Os quatro primeiros meses deste ano registraram aumento de 6,2% no número de pagamentos de salário-maternidade pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Foram 205 mil, contra 193 mil no primeiro quadrimestre do ano passado.

O crescimento foi de 18,5% de janeiro a abril de 2010, comparado ao mesmo período de 2009. O benefício é pago pelo governo a trabalhadoras avulsas, contribuintes individuais e desempregadas, entre outras.

7% das empresas dão 180 dias de licença às mães
Benefícios aumentam produção

Uma das explicações para o aumento menor neste ano são mais pessoas no mercado formal de trabalho.

Quando celetistas saem em licença-maternidade, o salário é pago pela empresa.

Mas há outra tendência que ajuda a explicar o aumento menor de 2009 a 2011 _especialmente em longo prazo. As brasileiras estão tendo menos filhos. Casar e ser mãe mais tarde têm sido as opções de muitas mulheres, que preferem crescer e se estabilizar no mercado de trabalho antes de estruturar uma família.

Incompatibilidade

Para a diretora da Human Value Consultoria, Meiry Kamia, essa opção é frequente porque "carreira e maternidade não são compatíveis".

Isso se deve, segundo Kamia, a aspectos culturais, em que "o homem que se afasta da carreira para cuidar da casa é malvisto, e a mulher que abandona o trabalho para cuidar de filhos é boa mãe".

O diretor do Huntington Centro de Medicina Reprodutiva Eduardo Motta diz ter notado aumento de mulheres acima de 35 anos que buscam a clínica para ter filhos.

"Hoje em dia, 50% das pacientes têm entre 35 e 40 anos. Há dez anos, a maior parte era de pessoas com idade entre 30 e 35, que, hoje, representam cerca de 30%."

A analista de contabilidade da empresa de lubrificantes Klüber Lubrification Fabiana Lobato, 31, diz ter optado por ser mãe após os 30 anos pensando na carreira. Ela está na 38a semana de gestação do primeiro filho.

"Optei por estudar, casar e me estabilizar na vida profissional antes de engravidar."

Licença em casos de adoção varia de acordo com idade da criança

Mães que adotam crianças com mais de oito anos não têm direito a licença-maternidade. O benefício, garantido pela legislação previdenciária, segue tabela que varia conforme a idade do filho.

Mulheres que adotam crianças de até um ano de idade garantem licença de 120 dias. Entre 1 e 4 anos de idade, são concedidos 90 dias. Para filhos recém-adotados que tenham entre 4 e 8 de idade, é possível obter o benefício por 30 dias.

Para Bárbara Toledo, presidente da Angaad (Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção), mães que adotam crianças mais velhas, com "opiniões formadas e que precisam se adaptar", têm necessidade de se afastar "por até mais tempo do que quem adota bebês".

 

Publicidade

 
Busca

Encontre vagas




pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag