MBA global é 50% mais caro que programa nacional

O custo de um MBA global é, em geral, cerca de 50% superior ao de um programa totalmente nacional.

Além disso, algumas escolas de negócio deixam por conta do aluno questões de vistos e acomodação.

No Coppead da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o MBA global é ministrado no Rio de Janeiro, em Paris, em Atlanta e em Moscou. Em todos os locais, o aluno é o responsável pela estadia. "É parte do aprendizado negociar hospedagem e administrar situações do dia a dia", diz Alex Rodrigues, PhD e professor do Coppead.

A maior parte das empresas, contudo, se não bancam integralmente o MBA, pagam uma parte, dependendo da estratégia de retenção de talentos da companhia.
Rodrigues, no entanto, identifica que ainda há poucos executivos brasileiros nas salas de aula internacionais. "São dois ou três, enquanto chineses, por exemplo, sempre são mais de 15", calcula.

OUTRAS METAS

Os objetivos de brasileiros que fazem MBAs globais não se restringem a atuar fora do país ou em multinacionais.

A administradora Arlaine Sitta Lenzi, 23, é supervisora da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em Santa Catarina.

Ela cursa o MBA global da Sustentare Escola de Negócios (SC) em busca de experiência gerencial.

"Eu me sinto muito mais preparada para administrar do que quando saí da graduação", comenta.

O engenheiro Luiz Alberto Villaça, 52, com mais de 20 anos de carreira em instituições financeiras do país -hoje é diretor-executivo da brasileira Check Express Group, empresa de tecnologia para meios de pagamento-, percebeu que uma atualização seria benéfica na carreira.

Ele está na primeira turma brasileira do Global MBA da FGV (Fundação Getulio Vargas), em parceria com a MSB (Manchester Business School), do Reino Unido, onde fez um módulo do curso. "É uma oportunidade de reciclagem e de conviver com profissionais do mundo todo."