Palestras inspiram métodos de trabalho
FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO
O tempo de uma apresentação é de seis minutos e quarenta segundos. Quem expõe usa 20 slides, que são trocadas a cada 20 segundos.
O método Pecha Kucha (www.pecha-kucha.org), com base em síntese e objetividade, desenvolveu-se no Japão e é disseminado em eventos que ocorrem quatro vezes ao ano em 449 cidades, 4 no Brasil (Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo).
Abertos ao público, eles trazem de oito a 12 palestras, que são colocadas na web.
Os temas são decididos por localidade. O da edição que ocorre no dia 29 de outubro em São Paulo tratará dos "geeks", fanáticos por tecnologia, e de como suas manias se refletem no trabalho.
O designer Felipe Tofani, 30, foi a três edições. "Sempre aprendo ao menos uma forma de raciocínio."
Gley Fabiano, 39, coordenador de pós-graduação do Senac (Serviço Nacional de Aprendizado Comercial), adotou o método em reuniões de trabalho "com grupos grandes, para extrair o melhor em pouco tempo".
Organizador do evento em São Paulo, Jairo Neto, 24, resume: trata-se de "celebração para trocar projetos e ideias".
18 MINUTOS
Mais conhecido que o Pecha Kucha, o TED também limita o tempo das apresentações, mas é mais generoso: são 18 minutos. A ideia nasceu nos anos 1980, nos EUA, e popularizou-se com vídeos postados na internet.
Os eventos são licenciados e recebem o nome de TEDx, acompanhado do tema ou do local da reunião. A política de ingresso é definida pelo organizador e fica disponível no site do TED (www.ted.com).
Lívia Avasca, 27, organizadora de dois TEDx no Brasil, diz ver o evento "como aprendizado informal".
A professora da Faculdade de Administração e Economia da Universidade de São Paulo Tania Casado faz uma ressalva: depois de ver os vídeos, "é preciso ir além". "Não dá para entender um assunto em 18 minutos."
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