Pré-sal deve valorizar imóvel no litoral
RODOLFO BLANCATO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Realizar o sonho de consumo de uma casa na praia poderá ser vantajoso financeiramente se a compra for estudada com cuidado.
A queda nas taxas de juros e a tendência de valorização de algumas cidades do litoral paulista incentivam a realização do desejo, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
- Locação anual ou compra são opções para frequentadores assíduos
- Sistema de partilha é alternativa à compra
- Conta deve prever taxas de propriedade
- Aquisição de terreno exige disponibilidade
Alexandre Rezende/Folhapress |
Banhistas aproveitam a praia do Curral, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo |
"Os preços nessa região tendem a subir. A exploração do pré-sal deve aumentar a demanda por imóveis e seus preços", afirma o economista Ricardo Almeida.
É a aposta das irmãs Magaly, 44, e Suzy Reis, 45, ao comprarem uma casa em São Sebastião, cidade onde acreditam que haverá aumento de moradores com o início da exploração do pré-sal.
No entanto, a previsão é apenas uma garantia de que a compra de um imóvel de veraneio não será perda de dinheiro. Especialistas apontam o uso como fiel da balança na decisão de compra.
FREQUÊNCIA
Antes de decidir pela aquisição é importante checar quanto o valor aplicado no imóvel poderia render em um investimento seguro.
O preço médio de uma casa de dois quartos em São Sebastião é de R$ 330 mil. Esse valor aplicado durante um ano no CDB, descontados imposto de renda e inflação, renderia R$ 10.950 (11,59%).
Com esse montante, é possível alugar uma casa de dois quartos por 24 dias ao longo do ano na mesma cidade. A compra de um imóvel na praia, no caso em questão, é recomendável para quem passa 25 dias ou mais.
A falta de liquidez é o principal problema dessa compra. Desfazer-se de um imóvel demora meses.
E, em caso de necessidade de dinheiro, o dono poderá fazer uma venda desvantajosa, diz Keyler Carvalho Rocha, professor da Fundação Instituto de Administração.
Outro ponto é a ocupação da cidade fora de temporada. "Em um período de crise, os imóveis de veraneio são os que mais perdem valor", diz.
ESCOLHA
Para decidir pela cidade e pela praia onde se quer comprar um imóvel é preciso visitar o local em diversas épocas do ano, aconselha Ricardo Almeida.
Isso ajuda a descobrir como é o lugar quando não há turistas, se a infraestrutura suporta todos os frequentadores na temporada e nos feriados e como é o trânsito para chegar ali nessas épocas.
Afinal, ninguém quer passar horas na estrada para desfrutar do cantinho de férias.
A advogada Camila de Araújo, 25, hospedou-se por anos em uma pousada em Ubatuba (234 km da capital) até decidir pela compra de sua casa. Agora tem um lugar seu para reunir os amigos em finais de semana.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Comprar só vale a pena para quem é assíduo à mesma cidade |
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