Locadores e prédios limitam tamanho de repúblicas em SP
CARLOS ARTHUR FRANÇA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para reduzir os gastos com aluguel, a criação de repúblicas é opção comum. No entanto, casas com mais de cinco estudantes -frequentes no interior- estão mais raras na capital.
Mais cômodo, dividir casa e ter um quarto só para si ainda custa menos que a locação de uma quitinete.
"Já morei em repúblicas maiores e prefiro uma convivência individual, que dá menos problemas", afirma a estudante Ivi Guedes, 22, que vai desembolsar R$ 800 mensais para compartilhar um dois-quartos próximo à ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
A diminuição de moradores não é apenas opção dos universitários. Donos de imóveis e condomínios têm definido o número de inquilinos no contrato. A prática visa, entre outras coisas, reduzir as reclamações de vizinhos.
Outro recurso utilizado por imobiliárias para evitar dores de cabeça futuras é um encontro com os pais dos estudantes para apresentar as regras do condomínio.
"É uma forma de não deixar espaço para mal-entendidos", justifica Maristela Cosas, gerente de locação da Samuel Carvalho Imóveis.
NOME DO PAI
Sem renda própria, o contrato de locação pode ser feito no nome de um dos pais do estudante. Algumas imobiliárias aceitarão o contrato em nome do universitário caso seus pais sejam fiadores.
É a garantia o maior problema da locação. Quando o fiador mora em uma cidade distante, a imobiliária pode se recusar a fechar o negócio.
Das 15 consultadas pela Folha na capital, dez têm restrições a fiadores de cidades fora da região metropolitana.
O jeito é bater perna e procurar grandes imobiliárias ou empresas especializadas, que flexibilizam regras. Na Lello, por exemplo, o fiador será aceito se houver imobiliárias parceiras em sua cidade. Na Simão Carvalho, o endereço do fiador não é empecilho.
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