Número de loteamentos aprovados cresce 25% em 2011

Em ritmo contrário ao mercado de lançamentos residenciais, os loteamentos parecem seguir em expansão no estado de São Paulo. O número de projetos de loteamentos protocolados cresceu 24,5% em 2011 em relação ao ano anterior. O levantamento foi feito pelo Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) a partir de informações da Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo).

O crescimento no mercado de loteamentos em comparação com o mercado imobiliário em geral é atribuído a sua lentidão para ser afetado pelas oscilações econômicas do país, diz Caio Portugal, vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Secovi-SP.

"A burocracia que envolve a aprovação de loteamento faz com que as mudanças sejam mais vagarosas. Além disso, o [projeto] Minha Casa Minha Vida também ajudou a manter o crescimento", explica.

As três cidades que tiveram mais projetos de loteamento em 2011 são do interior: São José do Rio Preto (15), Piracicaba (11) e São José dos Campos (9). O desenvolvimento econômico desses municípios e a escassez de terrenos na Grande São Paulo é a principal razão, segundo Sérgio Guimarães, diretor da empresa de loteamentos Vallor Urbano. "Com certeza eles influenciam as cidades do seu entorno."

Para quem trabalha em São Paulo e quer mudar da cidade, ainda é possível encontrar loteamentos em cidades vizinhas à capital. Guimarães menciona as cidades que margeiam três rodovias que começam em São Paulo: a dos Bandeirantes, principalmente em Campo Limpo e Várzea Paulista; na Raposo Tavares, em Cotia e Vargem Grande; e a Presidente Dutra, até a altura de Santa Isabel.

"Tem municípios próximos com muita valorização perto do São Paulo, Campo Limpo e Várzea Paulista podem ser uma boa oportunidade de investimento." Os preços na Grande São Paulo, diz o vice-presidente do Secovi, variam entre R$ 300 e R$ 500 o metro quadrado, de acordo com a região da cidade e o padrão do loteamento.