Emprestar nome de bairro ao lado para valorizar imóvel tem mais efeito moral do que financeiro
MARIA CECILIA MACIEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem nunca pegou um folheto de lançamento imobiliário e se deparou com o nome de um bairro que correspondia não ao endereço do imóvel, mas às suas adjacências?
Numa cidade em que o preço do metro quadrado das regiões mais nobres chega a ser três vezes maior do que o da das áreas menos valorizadas, segundo o último índice apurado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), é natural que corretores de construtoras e imobiliárias queiram estreitar ligações com a "orla" paulistana para vender unidades erguidas em limites próximos, mas menos favorecidos.
Zé Carlos Barretta/Folhapress |
A executiva Vania Ciorlia mora oficialmente no bairro de Santa Cecilia, mas na divisa com Higienópolis, em São Paulo |
Também vale lançar mão de todos os benefícios dos bairros "A" (ou "triplo A"), tais como shoppings, parques, estações de metrô, espaços culturais, escolas, clubes, restaurantes, que se transformam em iscas na oferta do bairro "B".
Para Erika Fugiwara, gerente de marketing da Gafisa, o nome do edifício busca valorizar o que existe de mais desejável na região. Mas o ideal é que também espelhe as suas características.
"Ninguém quer morar na Vila Uberabinha", brinca o arquiteto Marcio Mazza ao citar a faixa que serpenteia a rua Afonso Brás, colada à elegante Vila Nova Conceição (o metro quadrado mais caro de São Paulo, a R$ 10.328).
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