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15/07/2012 - 06h05

Aluguel para temporada incrementa renda, mas prática exige cuidados

DANIEL VASQUES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Alugar sua casa para turistas pode ser uma boa tática para conseguir uma renda extra, especialmente nas férias.

O grande fluxo de viajantes em razão de eventos como a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016, deve impulsionar a prática no país.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
A estudante americana Angela Ju, 27, que alugou um apartamento na Bela Vista pelo Airbnb
A estudante americana Angela Ju, 27, que alugou um apartamento na Bela Vista pelo Airbnb

A estimativa é que 7,21 milhões de estrangeiros desembarquem no Brasil no ano da Copa do Mundo, segundo o Ministério do Turismo. O número representa 32,5% mais turistas estrangeiros do que em 2011.

Uma dica para o proprietário que quer alugar o imóvel é cadastrá-lo em sites voltados a quem prefere uma residência a um hotel na hora de se hospedar. Airbnb, Fica Lá em Casa e Alugue Temporada são algumas das opções.

Oportunidade para o proprietário e para o viajante, a prática também pode trazer problemas. Por isso, a pesquisa cuidadosa sobre o site e a checagem das condições de pagamento são essenciais para minimizar eventuais contratempos.

MINHA CASA, SUA CASA

Abrir mão de sua cama e ir dormir em outro quarto para ceder lugar a um hóspede é o que faz a fotógrafa Renata Chebel, 29, quando aluga sua suíte no apartamento em que vive, no Paraíso (zona sul de São Paulo).

Casos como esse, de quem tenta fazer uma renda extra alugando sua residência ou parte dela, crescem no país.

O site Airbnb, especializado em compartilhamento de casas, fechou 7.000 diárias em junho deste ano no Brasil --um crescimento de 1.180% em relação ao mesmo mês de 2011.

De olho nessa clientela, esse e outros sites, como o Fica Lá em Casa e o Alugue Temporada, oferecem serviços para quem quer alugar o próprio imóvel e para quem procura onde se hospedar.

Alugar imóvel para turista pode criar problema para proprietário

Quem aluga imóvel por site pode recorrer ao Procon se tiver problemas

O empresário Ian Black, 33, conta que alugou um quarto em Nova York e, ao sair para fazer compras, perguntou ao proprietário se poderia pedir que a entrega fosse feita na casa. Segundo ele, o morador, em tom agressivo, ameaçou chamar a polícia se isso acontecesse.

Após o ocorrido, o empresário foi embora do local, hospedou-se na casa de um amigo e conseguiu reaver com o Airbnb metade do valor pago.

Já o publicitário Helbert Rony de Oliveira, 33, que também utiliza o Airbnb, nunca teve problemas.

"Quando viajei para a Europa, paguei minha estadia com a renda que consegui alugando o meu apartamento em São Paulo. Faço isso desde novembro de 2011 e já consegui mais de 2.000 euros", diz.

Editoria de Arte/Folhapress

VANTAGENS

Para o proprietário, o principal estímulo para alugar o imóvel é a renda a mais que ele pode receber.

O economista Oswaldo Oliveira, 47, anuncia a casa em que mora o sogro, o arquiteto Roberto Lombardi, 72, no site Fica Lá em Casa.

Quando surge alguém interessado em alugar o imóvel, no Morumbi (zona oeste), Lombardi se muda para casa de Oliveira. O neto de Lombardi, André, ajuda na negociação, e todos repartem a renda, de cerca de R$ 3.300 mensais.

A americana Angela Ju, 27, que veio a São Paulo fazer pesquisa para seu doutorado, acha mais simples o processo de reservar um quarto de hotel. Mesmo assim, preferiu alugar um apartamento. "Não posso me dar ao luxo de ficar vários meses em um hotel", explica.

Além da economia, ela aponta a possibilidade de cozinhar como um diferencial.

Por outro lado, a sensação de segurança ao alugar um quarto de hotel e os serviços oferecidos, como café da manhã, podem fazer falta a alguns viajantes.

 

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