Sensação de segurança e cultura da casa própria favorecem a aquisição
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Mais do que um cálculo matemático, a decisão entre compra ou locação do imóvel, sobretudo do primeiro, envolve a emoção.
A gerente de produtos Cristiane Ferreira, 31, casa-se em setembro e ainda busca a casa própria. Apesar de não encontrar preços atraentes, prefere a aquisição.
"A minha mãe não conseguiu comprar sua casa e sempre me falou que isso é importante", conta.
A gerente afirma que quer financiar uma casa para a família. "Sei que posso aplicar esse dinheiro, mas ainda assim prefiro deixar alguma coisa para os nossos filhos", diz.
O comprador sente-se seguro por não precisar pensar no pagamento do aluguel, apesar de haver as parcelas a serem cumpridas quando é feito o financiamento.
Algumas vezes esse fator se sobrepõe até mesmo à qualidade de vida da família.
"Muitos acabam comprando muito longe de onde gostariam", confirma Roseli Hernandes, diretora da Lello Imóveis. Nesses casos, o valor da parcela deve ser somado ao custo de transporte e às horas perdidas.
Contrário à visão de que o valor gasto com aluguel é dinheiro perdido, José Roberto Federighi, diretor da Del Forte Frema, considera a locação uma conveniência.
Foi a opção do médico Eduardo Nakano, 30, para viver em Pinheiros (zona oeste). "O bairro é muito inflacionado, mas gosto daqui. Tem acesso fácil ao metrô, às principais vias e ao trabalho", afirma.
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