Hotel Ca'd'Oro começa a ser demolido; novo prédio será lançado em agosto

Símbolo do auge do centro de São Paulo nos anos 1950 --e do declínio da baixa Augusta nas décadas seguintes --, o hotel Ca'd'Oro começa a ser demolido. Em seu lugar, será construído um complexo de duas torres, com previsão de lançamento para agosto.

A torre menor terá 27 andares de uso misto, comercial e hotel. Até o 18º andar, ficarão 387 salas comerciais de 26 m² a 38 m². Do 19º em diante funcionará o hotel, com 147 apartamentos, piscina, academia, spa e um bar.

Na torre mais alta serão 31 andares com 374 unidades e áreas que variam de 40 m² a 79 m². O serviço de hotelaria também estará disponível para esses apartamentos residenciais, no sistema pay-per-use (pague-para-usar).

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Projeto da torre onde ficarão os escritórios comerciais e o novo hotel do Ca'd'Oro São Paulo

Do antigo Ca'd'Oro, o novo herdará o padrão de atendimento e o tradicional restaurante, com a cozinha típica do norte da Itália, afirma Aurélio Guzzoni. Filho do criador do hotel, ele atuará como administrador e sócio.

Além disso, o novo hotel será decorado com peças que faziam parte do grande acervo do seu antecessor. "Não cabe tudo, mas algumas peças principais, como quadro e estátuas vão compor a decoração do hotel", diz Guzzoni.

De acordo com a Brookfield, incorporadora do lançamento, o preço do metro quadrado residencial deve sair em torno de R$ 8 mil. Nos escritórios comerciais, o metro quadrado deverá custar cerca de R$ 10 mil.

O caráter múltiplo das torres visa aumentar o movimento entre elas, explica Guzzoni. "A pessoa poderá morar, ter o escritório, fazer eventos e ir no restaurante sem sair do empreendimento".

Um showroom do empreendimento está aberto no local do antigo hotel. A previsão, segundo os empresários, é que os prédios estejam prontos em 2014, antes da Copa do Mundo.

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A torre residencial terá 31 andares e 374 unidades, com áreas de 40m² a 79 m²

Centro

Guzzoni morou por dez anos e trabalhou por mais de 30 no hotel que está sendo demolido. Para ele, o lançamento deve inicar uma nova ocupação do centro de São Paulo, abandonado pelo poder público a partir dos anos 90.

"O centro possui uma infraestrutura subutilizada. É uma região que eu tinha certeza que ia se recuperar, mais cedo ou mais tarde", afirma.