Amortecedores nas gavetas e peças acessórias encarecem planejados
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Planejar a mobília para a casa é um modo de economizar espaço, mas nem sempre de poupar dinheiro.
Tecnologias que permitem aplicar acabamentos com tinta automotiva ou revestimento de couro e o uso de ferragens que organizam as gavetas ou evitam barulho elevam o valor do projeto com uma relação custo-benefício que pode não ser a ideal.
Divulgação |
Confira as peças que tornam o projeto mais caro |
As lojas do setor cobram entre R$ 600 e R$ 4.000 o m² do projeto, dependendo do que é usado na mobília.
"É importante o consumidor prestar atenção na matéria-prima dos móveis e dos acabamentos para comparar qualidade e preço", frisa a arquiteta Gabriele Poletto.
"Se o armário for usado para guardar objetos pesados, será necessária espessura maior das placas [de 30 mm a 60 mm]", completa. Para divisórias e prateleiras que não suportam peso, os tamanhos variam entre 9 mm e 30 mm.
A escolha entre MDP, mais caro, e MDF deve levar em conta a função da peça.
"O MDF são micropartículas de madeira aglutinada. É o material mais indicado para superfícies lisas, como portas, e para receber pintura. Já o MDP são cavacos [lascas] de madeira aglutinados; assim, ele suporta mais peso e não enverga", explica José Aurélio Oliveira Costa, gerente de projetos da Ocka Brasil.
ROTEIRO
O primeiro passo é desenhar o móvel de acordo com a necessidade do usuário, afirma Costa.
As portas de correr são indicadas para ambientes pequenos, pois ocupam menos espaço, mas seu preço é o dobro do das portas comuns.
Os modelos mais sofisticados percorrem trilhos de alumínio sem fechamentos bruscos. Nesse caso, o custo pode ser de até três vezes o da porta convencional.
Outro vilão no valor são gavetas com laterais metálicas, amortecedor e divisão de talheres de inox; podem chegar a R$ 2.000 cada uma.
Os acessórios dão conforto ao dia a dia, mas encarecem os projetos. "Clientes com orçamento reduzido devem priorizar itens de primeira necessidade para o desenho", comenta Poletto.
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