Publicidade
06/02/2012 - 07h10

Aval para empréstimo demora por rigidez em análise

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Em dezembro de 2011, Bruno Mamprin, 26, proprietário de unidade da franquia de sapatos femininos Belíssima, contratou R$ 200 mil em capital de giro pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Dois meses depois, o montante já foi aplicado: a empresa fechou as portas por 30 dias para passar por reforma.

A rapidez com que o recurso foi investido não se equipara à velocidade com que foi liberado. Para obter o aporte, explica ele, foi preciso completar um ano como correntista do banco e manter a conta sem restrição financeira, como saldo negativo.

"Apesar da demora, o recurso era indispensável para fazer o negócio ser mais notado", avalia Mamprin, que quer modernizar o ambiente da loja.

Luiza Sigulem/Folhapress
O emrpesário Bruno Mamprin, em sua loja
O emrpesário Bruno Mamprin, em sua loja

A aprovação pode ser mais demorada, mas a liberação do crédito leva em média 15 dias e está sujeita a tempo de conta bancária, histórico financeiro, bens do contratante e aval dos sócios.

O risco de inadimplência de pequenas e novas empresas, que têm menos de um ano de existência, acentua a rigidez da análise financeira, esclarece o economista da Febraban Jayme Alves.

Indicador mensal da Serasa Experian, companhia que atua no setor de crédito, mostra que o índice de inadimplência das empresas subiu 19% em 2011 na comparação com 2010.

Já nos dados do Banco Central, a média anual foi de 3,6% em 2010, para 3,8% no ano seguinte.

INFLAÇÃO

Segundo Carlos de Almeida, economista da Serasa, o crescimento da inadimplência deve-se ao aumento da inflação, que onerou os gastos dos empreendimentos, e à redução da atividade econômica.

Neste ano, afirma, a expectativa é de queda de devedores. "A exceção são empresas que dependem de capital externo e sentirão os efeitos da crise internacional", avalia.

Para reduzir a quantidade de negócios no vermelho, a Caixa Econômica Federal iniciou contratação de profissionais para orientar pequenos empresários durante o processo de obtenção de crédito.

"Oferecendo a linha certa, a probabilidade de a dívida não ser paga é reduzida", avalia Dário de Araújo, superintendente nacional da Caixa Econômica Federal.

 

Publicidade

 
Busca

Busque produtos e serviços


pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag