Site deve oferecer serviços
ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Como agarrar o consumidor por mais tempo que o da de duração de uma compra?, indagam-se as empresas ao desenvolver seus sites.
Só por estarem ali, na rede, oferecendo um produto, esses endereços eletrônicos não despertam interesse suficiente para fazer com que o usuário queira frequentar a página todos os dias.
Pior ainda quando o site dispara uma música horrenda. Aí o internauta não volta mesmo.
A estratégia para conquistar consumidores na internet é gerar conteúdo e oferecer informações úteis e serviço, dizem os especialistas.
E a tendência entre os melhores sites empresariais segue o que está na moda no habitat virtual: inspirar-se no formato de blog e marcar presença nas redes sociais.
Ze Carlos Barretta/Folhapress |
Gerentes da loja Emme, que só anuncia pela internet |
"Site estático é coisa do passado. Na internet, o conteúdo é rei. É uma maneira de alavancar a sua empresa nas buscas feitas no Google", afirma Leandro Kenski, especialista em marketing digital e CEO da Media Factory.
"O conteúdo ideal deve ser focado no internauta e nas suas necessidades, e não somente no produto vendido pela sua empresa", aponta Gustavo Carrer, consultor do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Por essa lógica, se você tem uma farmácia, vá além das ofertas e promoções. Desenvolva conteúdo que faça bem à saúde do cliente, como dicas de saúde e de bem-estar.
"O segredo é mostrar mais interesse no consumidor do que na venda em si", diz Carrer.
Antes mesmo de abrir as portas para o público, a Mygloss, de acessórios femininos, lançou um blog com dicas e tendências de moda.
MAIS QUE O PRODUTO
Depois de dois anos de blog e um ano de loja -hoje são quatro no total-, a Mygloss passou de 60 mil seguidores no início para 550 mil.
"Um bom site é focado na prestação de serviço. No blog, oferecemos uma consultoria de moda gratuita", conta Rodrigo Stocco, diretor-geral da empresa de vestuário.
A Mygloss tem três funcionários que atualizam o conteúdo e interagem com clientes no Facebook.
Para Kenski, não é preciso ter muitos recursos financeiros para investir na comunicação virtual. "Com 1h durante a semana é possível postar algo novo ou participar de alguma rede social", afirma.
Patrícia Lorenzino, diretora de mídia da RealMedia, especializada em marketing digital, recomenda que os micro e pequenos empresários aumentem aos poucos o conteúdo do site e a interação com o público.
É preciso, no entanto, ter cuidado com o "cortar e colar", que configura plágio e é considerado crime. "Replicar conteúdo originalmente produzido por outra pessoa ou empresa pode pegar muito mal entre os clientes", diz Carrer, do Sebrae.
Em vez disso, cite a fonte ou publique antes um comentário pessoal da notícia veiculada por revista ou jornal.
Lorenzino lembra que, além de econômica, a internet permite uma comunicação mais direcionada. "É possível atingir de maneira mais precisa o público-alvo e ter um melhor resultado", afirma.
BOMBAR NA WEB
A Emme, empresa de vestuário feminino com 18 lojas no país, nunca fez anúncio em revista ou distribuiu panfleto na rua. Todo o seu investimento em comunicação está concentrado na internet.
A marca está presente em 14 redes sociais e tem um blog constantemente atualizado.
"Nas mídias sociais, o crescimento não é progressivo, é exponencial. Uma pessoa que compartilha um post distribui a informação para, por exemplo, 206 novos amigos", diz Cadu Alves, gerente de comunicação digital da Emme.
Enquanto as redes sociais transformam-se em valiosa ferramenta de divulgação, também abrem espaço para que clientes postem críticas. Nesse caso, especialistas alertam que é preciso respondê-las imediatamente.
"Nunca se deve ignorar ou apagar uma crítica postada. Procuramos tratar da queixa o mais rápido possível e usamos as críticas como aprendizado", afirma Stocco, diretor-geral da Mygloss.
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