Fórmula da 'startup' enxuta prega empresa compacta
PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO
As "startups" são empresas jovens no mercado, com trajetória de crescimento acelerado e foco em inovação.
Apesar dos predicados específicos, elas têm desafios comuns a qualquer empresa: reduzir custos e otimizar o trabalho para aumentar a fatia do mercado.
Danilo Verpa/Folhapress |
Daniel Hatkoff é fundadador da Pitzi, de conserto de celulares |
Diante dessa realidade, Eric Ries, empreendedor-residente da Escola de Negócios de Harvard, criou a metodologia "Startup Enxuta" ("Lean Startup", em inglês), publicada em livro homônimo no ano passado. Flexível, a fórmula serve para empresas de qualquer tamanho e setor.
O método consiste em fazer mais em menos tempo, gastando pouco e minimizando riscos por meio de testes, experimentos e pesquisas de produtos e de mercado. Negócios que seguem esse modelo têm poucos funcionários e hierarquia descentralizada.
"As 'startups' eram extremamente instáveis e davam certo ou não na base do acaso. Era uma loteria total. Hoje, temos muito mais material e experiência para atingir um maior potencial de sucesso. A 'startup' enxuta reúne esse conhecimento", explica Ries
ETAPAS DA PRODUÇÃO
Segundo Leandro Herrera, gerente de cultura empreendedora da Endeavor, ONG de fomento ao empreendedorismo, a produção enxuta tem estrutura dinâmica.
"Ela ocorre em três etapas: descoberta do produto ideal [por meio de testes], validação do modelo de negócio e aumento de escala para a venda ao público", diz.
Simon Plestenjak/Folhapress |
Daniel Bento é cofundador da maxiPago!, de pagamentos |
Com seis funcionários, a Pitzi, empresa de conserto de celulares, trabalha no sistema "todos por um". A estrutura hierárquica, afirma o sócio-fundador Daniel Hatkoff, 28, "consiste em ter foco, não em dividir papéis".
"O tempo é recurso bastante limitado em uma 'startup'. Os funcionários fazem de tudo um pouco porque a equipe é pequena."
Para reduzir custos, Daniel Bento, 39, cofundador da maxiPago!, "startup" de sistemas de pagamentos, segue caminho semelhante ao de Hatkoff: mantém quadro funcional enxuto (12 funcionários) e terceiriza todo o trabalho não relacionado à área de atuação da empresa. "Buscar parceria é fundamental para quem está começando."
Na contramão das vantagens, o modelo é de difícil implantação para empresas que não atuam com tecnologia, pondera Gustavo Caetano, presidente da Associação Brasileira de Startups. "Nem todos os empresários têm maturidade para lidar com um sistema tão enxuto."
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