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29/07/2012 - 06h10

Copa-2014 não prioriza as PMEs

FELIPE GUTIERREZ
DE SÃO PAULO

Ao contrário de Londres, que vem, desde 2008, desenvolvendo medidas para incentivar micro e pequenas empresas durante os Jogos Olímpicos, o governo brasileiro não está pensando em ações para impulsionar esse segmento nos eventos esportivos de 2014 e 2016. A informação é do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O que dificulta ações semelhantes às inglesas é que a APO (Autoridade Pública Olímpica) do Brasil não tem poder de conduzir licitações -ela só faz intermediação de negociações, pois quem realmente desembolsa é a União, os governos estaduais ou os municípios.

Lucas Lima/Folhapress
Adriana Costa, dona da JAGB, empresa que produz brindes, passou por programa do Sebrae
Adriana Costa, dona da JAGB, empresa que produz brindes, passou por programa do Sebrae

"A autoridade olímpica inglesa tem o dinheiro na mão; no caso do Brasil, eu não contrato ninguém", diz Márcio Fortes, presidente da APO.

Quem está preparando as pequenas empresas para as oportunidades que devem aparecer com os grandes eventos é o Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que faz isso desde sempre.

Para a Copa do Mundo, o Sebrae fez um levantamento de dez setores da economia, como varejo, construção civil e moda, que devem ter novas oportunidades por causa da competição. Eles disponibilizaram esses dados no site www.sebrae2014.com.br.

Pequenas empresas desses setores podem receber consultorias específicas. Paulo Alvim, gerente de acesso a mercados do Sebrae, diz que a expectativa é atender 6.000 negócios até a Copa.

Um deles, que já passou pela consultoria, é a JAGB, indústria de brindes promocionais de Guarulhos (Grande SP). A proprietária, Adriana Costa, 38, diz que saiu do encontro com a ideia de buscar empresas que queiram encomendar "kits Copa" para distribuir entre os funcionários.

Costa evita entusiasmar-se pois acha que "a Copa é um megaevento, mas dura só 30 dias". É o mesmo que diz o professor da Fundação Getulio Vargas Tales Andreassi. Para ele, o importante é incluir o país em um roteiro de turismo para que o benefício seja permanente.

Editoria de Arte/Folhapress
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