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12/08/2012 - 06h02

Aumenta apoio de incubadoras e aceleradoras a pequenos negócios

FELIPE MAIA
DE SÃO PAULO

O Brasil vive um aumento no número de empresas iniciantes com projetos inovadores e também de entidades que podem dar um empurrão a esses negócios.

As incubadoras, que surgiram na década de 1980, em geral dão suporte para empresas que demandam pesquisa científica mais intensa e que precisam de tempo até viabilizar os produtos.

Essas entidades convivem agora com um modelo mais recente de apoio, o das aceleradoras, que vêm ganhando força há cerca de um ano e têm como foco ajudar empreendimentos com potencial de crescimento rápido, como serviços de internet.

Existem hoje 384 incubadoras no país, a maioria ligada a universidades e prefeituras. Não há dados sobre o volume de aceleradoras, que podem pertencer a empresários ou investidores, mas o GVcepe, centro da Fundação Getulio Vargas especializado em estudo de "private equity" (compra de participação em empresas), estima que 12 surgiram desde 2011.

"As incubadoras têm um modelo de apoio que se estende por cerca de três anos, com foco em pesquisa e desenvolvimento. No caso da aceleradora, a empresa pode decolar em seis meses", diz Francilene Garcia, presidente da Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores).

IDEIA ACADÊMICA

A empresa do oceanógrafo Manlio Mano, 37, é caso clássico de negócio que pode se beneficiar de uma incubadora. A OilFinder, que desenvolve produtos que facilitam a exploração de petróleo usando imagens de satélite, surgiu da pesquisa de doutorado do empreendedor.

Desde 2010, Mano desenvolve esses sistemas na Incubadora de Empresas da Copee/UFRJ. Ali, recebe consultorias de gestão, finanças, marketing e design, além de espaço físico para trabalhar.

"Tudo isso é muito útil para pessoas como eu, que tenho perfil técnico e virei empresário", diz.

A OilFinder pode ficar nesse espaço por até quatro anos, pagando um aluguel de R$ 700. A cobrança é comum em incubadoras, mas é considerada simbólica, já que habilita o empresário a usar laboratórios de alta tecnologia.

Depois de se graduar, a OilFinder vai repassar uma taxa de 1% de seu faturamento para a incubadora por um período igual ao que passou ali, um procedimento que também costuma ser praxe.

Ao contrário do que acontece nas aceleradoras, a incubadora não tem participação acionária na start-up.

Já o empreendedor Thiago Nascimento, 26, optou por uma aceleradora para alavancar a Bloompa, que produz ferramentas para integrar comércio virtual e redes sociais.
Por seis meses, ele passou por um processo intensivo de análise do negócio, com sessões de aconselhamento e apresentações para investidores organizadas pela aceleradora 21212, do Rio.

Nesse período, percebeu que as ideias iniciais não tinham potencial e modificou o modelo de negócios.

"Mudamos o serviço por causa das conversas que tivemos com os mentores e com outros empreendedores que estavam no processo", diz.

Agora, Nascimento está negociando com investidores que conheceu por meio da aceleradora.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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