Permutas crescem entre empresas

A permuta entre companhias tem crescido no país --e muitas micro e pequenas empresas têm entrado nesse sistema de trocas.

Na Tradaq, um dos maiores sistemas de permuta do Brasil, o aumento foi de 15% no ano passado.

Para este ano, a expectativa de crescimento é de cerca de 20%. A empresa conta com 1.350 negócios cadastrados para permuta, segundo o diretor comercial Marco Del Giudice, 35.

Na Permute, que conta com cerca de mil empresas no sistema, o crescimento foi de 40% em 2010. Para o gerente comercial Daniel Ornellas, 30, cerca de 300 novos negócios devem aderir à Permute neste ano.

"É um negócio que representa uma economia significativa, em que se pode explorar a ociosidade, trabalhando com isso pelo valor real, e preservar o fluxo de caixa", destaca Ornellas.

"O segundo semestre é mais forte que o primeiro", considera Giudice.

Uma das vantagens do sistema é que a troca não é bilateral. Uma gráfica, por exemplo, pode comprar material em uma papelaria, que, com os créditos, adquire programas de uma loja de software.

Apesar dos benefícios, como girar estoque e escoar excesso de produção, especialistas recomendam alguns cuidados. Além de emitir nota fiscal, os empresários devem manter registradas as trocas separadas das transações em dinheiro.

COMO FUNCIONA A PERMUTA

Inscrição
O empresário se inscreve em uma intermediadora de permutas; é preciso ser pessoa jurídica

Transações
As empresas de intermediação anunciam aos demais associados o novo participante; produtos e serviços que ele deseja permutar ficam disponíveis na rede

Créditos
As transações são feitas mediante aprovação da intermediadora e quitadas com créditos. Cada intermediadora usa uma nomenclatura para seus créditos, mas em geral um crédito equivale a R$ 1

Cobrança
As empresas de intermediação de permutas cobram um percentual sobre cada transação. Em média, o empresário paga cerca de 10% cada vez que transacionar um produto ou serviço na rede