Projeto divulga artesanato no Brasil e no exterior

Produzir peças artesanais de qualidade é atividade rotineira de pequenos artesãos brasileiros. Administrar uma microempresa e expandir horizontes, contudo, é um enigma para grande parte deles.

Gerir o negócio foi a maior dificuldade da artesã Renata Bonato, 33, proprietária de duas lojas de bolsas personalizadas que levam seu nome, uma em Tiradentes, Minas Gerais, e outra em Campos do Jordão (181 km da capital paulista).

Para suprir o deficit de experiência gerencial, recorda, participou no ano passado de projeto do Sebrae Minas Gerais (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em que recebeu orientação sobre empreendedorismo e administração.

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Bolsa artesal produzida pela empresária Renata Bonato

"Domino bem técnicas de bordado e costura, mas lidar com problemas cotidianos da empresa sempre foi um desafio para mim", avalia ela, que afirma já ter exportado produtos para a Venezuela.

Como Bonato, 4.000 artesãos já participaram do projeto de capacitação para artesãos do Sebrae-MG. Além de treinamentos e congressos, os empresários também têm os produtos expostos em catálogo divulgado no Brasil e no exterior.

O objetivo do projeto, segundo Sabrina Campos, analista do Sebrae-MG, é fazer com que o trabalho artesanal seja profissionalizado no país. "O Brasil é rico em talentos e precisamos fazer com que esse diferencial chegue ao mercado", ressalta.

Desconhecida fora de Minas Gerais, a artista plástica Regina Lúcia Jourdan, 60, aposta no catálogo divulgado pelo Sebrae para aumentar sua cartela de clientes fora do Estado. "[O catálogo] é uma oportunidade do meu trabalho ser reconhecido", destaca ela, dona da loja de acessórios e roupas artesanais Regina Lúcia Teve Infância, em Tiradentes (MG).

A empresária pretende exportar, mas primeiro busca parcerias para levar seus produtos a outros países.

Segundo o Sebrae Nacional, projetos semelhantes ao de Minas Gerais também são realizados em Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e Piauí.