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31/08/2011 - 07h05

Perfil de empreendedor é chave na escolha da franquia

CAMILA MENDONÇA
DE SÃO PAULO

Não é porque o formato está pronto que é fácil escolher uma franquia. O negócio, segundo Maria Cristina Franco, vice-presidente da Associação Brasileira de Franchising, também deve estar ligado ao perfil do empresário.

Foi isso que Carlos Cavalcante, 51, levou em consideração quando decidiu deixar a área de metalurgia, na qual atuava havia 30 anos, para abrir, a menos de um ano, uma franquia da EcoJardim, de serviços de jardinagem, em São Paulo.

"Estava esgotado com o estresse e procurei algo que me desse qualidade de vida e prazer", afirma o empresário.

Sem pensar apenas no lucro, Cavalcante optou pela área de jardinagem também pelo custo -- o investimento inicial foi de R$ 10 mil -- e pela possibilidade de levar uma vida tranquila, mais próxima a família.

No caso de Emiliano Ricas, 32, abrir uma franquia de concursos -- a Pró Labore OAB e Concursos -- foi um caminho natural.

Advogado, o empresário apostou no segmento como forma de estar próximo a sua área de atuação e ao público com o qual gosta de lidar. "Esse segmento é cada vez mais promissor no Brasil", afirma ele que investiu R$ 60 mil na franquia, que abriu em junho de 2010 em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte (MG).

Para Ana Paula Gomes Mascagni, 33, a franquia da Empada Brasil, que abriu em shopping em São Paulo, foi uma alternativa à carreira em fisioterapia. "Estava insatisfeita com a profissão", conta.

O sentimento de frustração aliado ao gosto que tinha pelo produto da marca fez com que a empresária inaugurasse o quiosque há um ano. "Abrir um negócio próprio ou um restaurante é caro e trabalhoso. Com o quiosque, a mão de obra não é tão grande", afirma.

"Sou apaixonada por coisas de cozinha e isso ajuda muito", completa a empresária, que investiu R$ 50 mil no quiosque.

A escolha pelo setor de alimentação também deve-se ao rendimento que ele traz. "Esse ponto pesou muito, porque o brasileiro corta a drenagem, mas não corta alimentação", afirma Mascagni.

A afinidade com o negócio também fez com que Mário Catto, 60, fosse o primeiro franqueado da marca Doctor Feet, de artigos de podologia e produtos ortopédicos.

Ao se aposentar, em dezembro de 1999, Catto decidiu abrir um negócio simples, que não lhe desse tanto trabalho e que fosse rentável. Aliado a isso, afirma, também pesou a possibilidade de atuar na área de saúde. "Essa é uma grande satisfação", diz.

CADA PERFIL, UMA FRANQUIA
Essas histórias têm em comum o fato de os empresários terem alguma afinidade ou ligação com os negócios que abriram.

"Tenho que buscar identificar-me com aquele negócio e não abri-lo só porque dá lucro. Precisa ser prazeroso", ressalta Franco, da Associação Brasileira de Franchising.

"Quem quer comprar uma escola, por exemplo, tem de gostar de jovens", exemplifica Franco.

Ela dá outras orientações. No mercado de cosméticos e produtos de beleza, é preciso ter "paciência para lidar com o público feminino". No de alimentação, cuidados com higiene.

Em moda, é importante que o empresário esteja atento a tendências. "Não pode ser alguém desantenado, porque ele vai ter dificuldade de operar o negócio", considera Franco.

O mais importante, diz, é que a escolha também "busque realização pessoal".

 

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