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18/09/2011 - 11h00

Plano de negócio evita gargalos

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

A demora imposta pela burocracia para abrir um negócio "é quase o mesmo que proibir que se abram empresas", diz Cesar Simões Salim, autor do livro "Implantando uma Empresa a partir do Plano de Empreendimento" (Editora Campus-Elsevier).

Salim calcula que a média de tempo que o empreendedor leva para abrir empresa no Brasil seja de 150 dias.

Para o Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), são 77 dias no Estado de São Paulo. A Jucesp, por sua vez, aponta que o processo de abertura na junta dura em média 5,7 dias.

O escritor chama a atenção também para os custos ao abrir uma empresa. "Você não pode pensar que vai gastar menos de R$ 2.000", diz. Ele desconsidera empreendedores individuais (EIs), que podem ser registrados gratuitamente no portal do empreendedor.

O autor aconselha o empresário a elaborar seu plano de negócio esperando atrasos.

Eduardo Anizelli/Folhapress
José Eduardo Toledo planejou a abertura da empresa
José Eduardo Toledo planejou a abertura da empresa

É o que diz ter feito o advogado José Eduardo Toledo, sócio-proprietário da loja de artigos infantis Baby Stuff, em operação desde março.

O processo de abertura na Jucesp demorou cerca de 30 dias, segundo o advogado, mas ele disse que estava preparado para isso, pois planejara todos os passos.

"O problema é atropelar o andamento, abrir o negócio antes de registrar e ter que ficar com tudo parado, tendo gastos sem ganhar nada."

PONTO COMERCIAL
Toledo, por exemplo, negociou carência com o locador de seu ponto comercial, para só começar a pagar o aluguel depois de a loja estar em operação.

O consultor do Sebrae Júlio César Durante afirma que o imóvel é um dos principais gargalos da formalização de empresas, pois são necessários muitos documentos para que os municípios liberem o uso de prédios.

O problema se dá, segundo Durante, por desconhecimento das regras e, novamente, falta de planejamento do empresário.

"É preciso definir o que se pretende construir e que atividade será exercida para buscar saber se o lugar tem perfil para esse tipo de empreendimento", aconselha.

Além de estudar o local, Cesar Simões Salim frisa que o tempo de retorno do negócio pode ser longo e, devido aos gastos de abertura, o caixa poderá ficar vazio, impedindo que a empresa evolua.

Segundo ele, os contratos feitos para pessoas jurídicas são a longo prazo e, se algo não der certo na criação da empresa, desfazer negócios já constituídos sairá mais caro do que não fazê-los.

 

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