Prefeitura nega isenção de rodízio para híbridos

Dos 3,5 milhões de carros emplacados no país ao longo do ano passado, apenas 200 eram híbridos.

Apesar de serem considerados "verdes" pelo baixo consumo, custam bem mais que os carros normais. Assim são o Mercedes S400 (R$ 367 mil) e o Fusion Hybrid (R$ 134 mil), os únicos representantes do nicho neste momento.

Divulgação

Executivos da Ford entregam o Fusion Hybrid para o então presidente Lula, em 2010, no Salão do Automóvel de SP

Para transformar o Prius em uma opção atraente, a Toyota negociava com a Prefeitura de São Paulo a isenção do rodízio municipal para os híbridos.

Híbrido, Prius tem consumo similar a de uma motocicleta

A Secretaria Municipal de Transportes adiantou à Folha que reconhece as vantagens da nova tecnologia, mas não acatará o pedido.

Em nota, a prefeitura argumenta que o rodízio visa diminuir a quantidade de carros em circulação para conter congestionamentos.

"O uso irrestrito dos híbridos, o que poderia ser um ganho ambiental pela menor emissão, causaria em tese efeito contrário, deixando o trânsito ainda mais lento e poluidor."

IPI

Agora a Toyota tenta com o governo federal algum tipo de redução de tributo para os híbridos.

"Veículos com tecnologia de ponta para emitir menos poluentes têm incentivos na maior parte do mundo", justifica Ricardo Bastos, gerente de relações governamentais da montadora.

Em 2010, a Ford cedeu um Fusion Hybrid à Presidência da República. No segundo semestre, a nova geração do carro chegará ao país.