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03/06/2012 - 08h01

Preço do carro usado também caiu após a redução do IPI

RICARDO RIBEIRO
DE SÃO PAULO

As medidas de incentivo para compra de carros novos mudaram também o ritmo do mercado de usados.

"Houve uma desvalorização dos usados de até 15%, enquanto o carro novo, com a redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] ficará, em média, 6% mais barato", diz Silvan Dal Bello, presidente da Assovepar (Associação dos Revendedores de Veículos do Paraná).

Por exemplo, um VW Gol G5 1.0 2011 básico, que em janeiro custava R$ 25 mil nas revendas, hoje é encontrado por R$ 22 mil.

SEM PRESSA

O consumidor não deve se apressar para fechar negócio. Com a desvalorização do usado, impulsionada pelo carro novo mais barato, a expectativa é que o preço dos carros com até dois anos de uso caia ainda mais nas próximas semanas.

A desvalorização é boa para quem compra, mas a vida de quem precisa vender um carro usado está mais complicada. As lojas têm oferecido pouco pelos usados que entram na troca.
"Se pagar bem pelo automóvel usado, não terei lucro na hora da revenda", explica Marco Souza, gerente da Pontual Automóveis.

Leticia Moreira/Folhapress

Para ajudar na negociação, vale investir em pequenas melhorias.

"É comum o comprador abater R$ 500 no valor do carro para refazer a pintura. Uma cristalização que custa, em média, R$ 80, pode resolver o problema. E uma simples troca do reservatório de água, que geralmente acumula sujeiras, dá um aspecto de boa manutenção ao abrir o capô", diz Ricardo Cândido, da oficina Pégasus.

LAUDO TÉCNICO

Fechar negócio no mercado de usados requer atenção. De acordo com levantamento da Checkauto, empresa especializada em fazer históricos de carros seminovos, 75% dos veículos têm algum tipo de restrição, com impacto no valor do automóvel.

Dos carros pesquisados, 43% estavam registrados em nome de terceiros ou com dívidas. Cerca de 6% tinham se envolvido em alguma ocorrência policial, como acidente ou roubo, e 2,4% tiveram adulterações no hodômetro, no motor ou na documentação.

"O comércio de veículos usados oferece certos riscos. A autenticidade e a veracidade do bem dificilmente são constatadas a olho nu", alerta Leonardo Ianegitz, responsável pela Área de Negócios da Dekra, que, entre outros serviços, oferece vistoria em usados.

Um laudo técnico custa a partir de R$ 80 e revela o histórico de alterações nas características originais do carro.

Na Super Visão , enquanto um profissional procura sinais de reparo, repintura ou adulterações pela carroceria, outro pesquisa num banco de dados se o carro teve registro de sinistros ou foi guinchado. A avaliação dura cerca de 30 minutos e custa R$ 100.

"Cerca de 10% das perícias são reprovadas ou aprovadas com alguma restrição. O mais comum é adulteração de motor", diz Sandro Abdalla, gerente de uma das unidades da empresa.

 

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