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24/06/2012 - 06h07

Com visual de "superbike", Honda CBR 250R

GUILHERME SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um motoboy na zona sul da capital paulista para ao lado da nova Honda CBR 250R e dispara: "Aí sim, hein!?". Logo depois, é uma dupla de motociclistas da polícia que se aproxima para saber mais sobre a novidade.

Trazendo a famosa sigla CBR acrescida do "R" de "racing" (corrida), a Honda chega para encarar a pioneira -- e líder no segmento de pequenas esportivas -- Kawasaki Ninja 250 (R$ 15.550).

A japonesa emplaca aproximadamente 300 unidades por mês. O segmento conta ainda com a Kasinski Comet GT-R (R$ 14.990) e a Dafra Roadwin (R$ 12.490).

A nova CBR aposta na tradição da marca Honda e na vasta rede de revendas espalhadas pelo Brasil para encarar a Kawasaki e vender ao menos 800 unidades mensais.

Produzida na Tailândia para diversos mercados, a CBR custa R$ 15.490.

Ivan Ribeiro/Folhapress
CBR 250F traz dupla carenagem
CBR 250F traz dupla carenagem

A Folha avaliou a nova motocicleta tanto na estrada como na cidade -- onde ela mostrou a que veio.

Com visual inspirado na Honda VFR 1200, a CBR reúne características de uma esportiva de maior cilindrada, como boa estabilidade e design agressivo.

Seu motor de 249 cm³, de apenas um cilindro e injeção eletrônica, rende 26,4 cv de potência (a 8.500 rpm). Embora não seja tão forte quanto a "Ninjinha" -- com dois cilindros e 33 cv a 11.000 rpm --, a Honda mostra disposição superior em território urbano, entregando mais força com o motor em baixas rotações.

A embreagem é suave, idem para os engates do câmbio de seis marchas. Os freios, com discos na dianteira e na traseira, são fáceis de modular em frenagens rápidas. O ABS, opcional, eleva o preço da moto em R$ 2.500.

O investimento, no entanto, vale a pena, principalmente para quem usa a moto no dia a dia e precisa enfrentar condições adversas, como chuva.

A posição de pilotagem cansa o corpo em trajetos longos, já que o tórax é projetado à frente e força os punhos, como acontece nas superesportivas. Na estrada, o vento cumpre seu papel de jogar o corpo para trás, e a "bolha" frontal da carenagem protege quando o piloto está mais deitado sobre o tanque.

Editoria de Arte/Folhapress

Sua suspensão, ajustável na mola traseira, é firme, adequada à proposta. Pede cautela em pistas com desníveis e buracos, mas agrada em curvas e desvios rápidos de trajetória.

Graças ao motor refrigerado a água, essa Honda transfere pouco calor às pernas no trânsito carregado. Na cidade, a pilotagem é facilitada pelo fato dela ser estreita.

Peca pelo guidão, que gira pouco, dificultando o estacionamento da moto em vagas perpendiculares.

Com tanque de 13 litros, a autonomia é apenas razoável, mesmo o consumo não sendo alto. Rodando na estrada a 120 km/h, o computador de bordo apontou média de 26,5 km/l de gasolina, marca superior a de motos convencionais, cuja a aerodinâmica não é tão apurada.

Em relação às esportivas de grande porte, a CBR 250R carece daquela brutalidade nas arrancadas. Mas a ausência dessa característica, no perímetro urbano, acaba se tornando uma virtude da pequena metida a invocada.

INICIANTE

Como as esportivas de baixa cilindrada exigem menos habilidade do motociclista, são indicadas para quem quer ingressar no segmento. As "superbikes acessíveis" já fazem sucesso na Europa há alguns anos por conta do preço: custam quatro vezes menos que uma superesportiva de verdade.

 

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