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08/05/2011 - 07h38

Honda VFR 1200F une motor V4 e câmbio de dupla embreagem por R$ 70 mil

FABIANO SEVERO
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS

Quem gosta de moto certamente um dia já desejou uma Honda CB 750 K, dos anos 70. Quem não gosta ao menos se lembra do som inconfundível dos quatro cilindros em linha.

Se você é mais jovem, talvez tenha escutado essa "música" dos escapes da CBX 750 Indy ou da CBR 1100 XX.

Agora a Honda quebra essa sinfonia e aposta em um motor V4. Isso mesmo, você não leu errado. Quatro cilindros em "V" equipam a nova VFR 1200F, que traz, pela primeira vez, o câmbio automático de dupla embreagem. De novo, você não leu errado.

Caio Mattos/Divulgação
VFR 1200F é a primeira do mundo com câmbio de dupla embreagem
VFR 1200F é a primeira do mundo com dupla embreagem

Essa tecnologia, até então exclusiva de carros caros, deixa as trocas tão rápidas que o piloto mal sabe a marcha engatada em modo "D" (drive).

Em uma viagem-teste, de São Paulo a Amparo (133 km ao norte da cidade), a moto mostra que tem fôlego em baixas rotações e bom apetite acima de 6.000 rpm, quando o comportamento da VFR fica explosivo e exala 173 cv.

Não chega a ser uma CBR 1000RR, mas diverte qualquer um com juízo na cabeça. Coloque o câmbio no modo "S" (esportivo) e sinta um motor sempre "cheio", trocando as marchas perto das 11 mil rotações por minuto.

Melhor ainda: acione as aletas, à esquerda do guidão, de forma manual. Com o indicador, você aumenta a marcha; com o polegar, a reduz.

Sem trancos, graças ao eixo cardã no monobraço de trás.

QUEBRA-QUEBRA

O problema começa quando o trânsito chega. Em baixo giro, o câmbio estala nas trocas de marcha baixa. Parece que vai quebrar, mesmo em dentes banhados a óleo.

Estranho também é guiar sem o manete de embreagem. Não por vício, mas por dosar melhor a rotação do motor.

Devagar, o jeito é controlar os 278 kg da VFR com o freio traseiro -e rezar para não ter de costurar entre os carros.

Por R$ 69,9 mil, a VFR merecia mimos de moto realmente "premium". Não há computador de bordo, aquecimento de manopla ou regulagem da bolha dianteira.

Tampouco controle de tração ou mapa eletrônico para dosar a potência (seco ou molhado). "A VFR é esportiva, com proposta estradeira", diz Alfredo Guedes, da Honda.

A BMW prega o mesmo discurso, mas mima melhor o piloto da K1300S (R$ 80,6 mil). A Honda tem 80% do mercado total, mas deveria pensar em moto de luxo com cabeça de Accord e não de Fit.

A Honda cedeu a VFR para teste

 

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