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29/05/2011 - 13h19

Catalisadores desafiam a lei

ROSANGELA MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Trocar o catalisador é um dos maiores transtornos para o motorista: custa caro e é preciso atenção para adquiri-lo no mercado paralelo, por conta das falsificações. A peça é responsável pela conversão de gases tóxicos em compostos menos poluentes.

Alessandro Shinoda/Folhapress
Funcionário troca catalisador em Audi A4
Funcionário troca catalisador em Audi A4

Marcos Papandrea, dono da Ica Scape, centro automotivo especializado em escapamentos, conta que os consumidores desconhecem que, desde abril, os catalisadores novos devem ter o selo do Inmetro gravado na carcaça e também na embalagem.

Pela legislação, as oficinas e lojas de autopeças só podem comercializar o componente que tenha a aprovação do instituto de metrologia. "A intenção é que o consumidor evite adquirir peças falsas e sem eficiência", diz Henry Grosskopf, gerente engenharia de produto da Tuper Escapamentos e Catalisadores.

O catalisador é obrigatório desde 1997 e sua eficiência é avaliada na inspeção ambiental veicular. A eliminação dessa peça deixa o dono do carro sujeito a punição prevista no código de trânsito. É infração grave, com multa de R$ 127,69 e perda de cinco pontos na carteira.

Segundo Juliano Alves, diretor de pesquisa e desenvolvimento da unidade de sistemas de exaustão da Magneti Marelli, a vida útil de um catalisador original é estimada em 80 mil km. Ele reconhece que é um componente caro devido à utilização de materiais nobres na construção.

DESGASTE

A forma de condução do veículo, a má qualidade do combustível, raspões, batidas e choques térmicos influem diretamente no desgaste precoce do catalisador.

"Perda de potência, motor desregulado, aumento no consumo, vibração interna e ruído excessivo podem ser sinais de que o componente está danificado", conta.

Basta erguer o carro no elevador da oficina e vistoriar a peça para perceber se há marcas de batidas ou fissuras.

Alessandro Shinoda/Folhapress
Catalisador certificado (à esq.) tem cerâmica e o falsificado é um carcaça usada com feltro
Catalisador certificado (à esq.) e o falsificado com feltro

Em uma análise dos gases emitidos, feita por profissionais especializados, é possível checar se a peça perdeu eficiência. Se isso ocorrer, o catalisador deverá ser trocado, nunca recondicionado.

As opções são comprar o componente original em uma autorizada (o preço médio é de R$ 800 para um carro "popular") ou adquirir um modelo universal com a certificação do Inmetro, disponível no mercado paralelo.

Vai custar cerca de R$ 400 e terá garantia de, no mínimo, 40 mil km. É importante saber que cada veículo exige um catalisador próprio para seu volume de emissões.

O catalisador usado pode ser reciclado, mas oficinas mal intencionadas aproveitam a carcaça metálica, adulteram o interior e vendem a peça como nova ou recondicionada. A carcaça é preenchida com lã de vidro e um cano para evitar a ressonância. Apesar da aparência de nova, a falsa não tem função.

 

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