Folha 'anda' com Emerson Fittipaldi em Indianápolis a 225 km/h

Pilotando o Chevrolet Camaro Pace Car no autódromo de Indianápolis, o bicampeão Emerson Fittipaldi (1989 e 1993) diz à Folha que, embora o circuito das 500 Milhas seja um "retângulo com quatro curvas idênticas, elas sempre são diferentes, seja pela ondulação, seja pela direção dos ventos".

Ao atingir 230 km por hora no retão, Fittipaldi reduz o Pace Car, que tem um motor V8 de 426 cv, e diz que, em Indianápolis, o piloto não pode errar, porque a velocidade é alta e constante. "Você tem de saber o que o carro vai fazer antes que ele faça. Porque, na hora que ele começa a derrapar, não dá mais para segurar."

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"A cada curva você precisa estar preparado para um surpresa, e isso deixa o piloto o tempo todo na adrenalina máxima."

Do carro, Fittipaldi aponta para a biruta que fica no final do retão e para as bandeiras que ficam sobre a torre de cronometragem na reta dos boxes. "A gente sempre fica atento a elas para ver a direção do vento, antes de entrar nas curvas. O vento afeta o equilíbrio do carro", explica. "Eu já bati aqui por causa de vento", recorda.

Patrícia Trudes da Veiga/Folhapress

Emerson Fittipaldi pilota Chevrolet Camaro no autódromo de Indianápolis (EUA)

Ao final da segunda volta, os 240 km por hora parecem pouco, na comparação com os quase 400 km por hora que chegam os carros durante a corrida. Mas são suficientes para revelar um pouco da emoção que nenhuma câmera consegue registrar nas 200 voltas que fazem das 500 Milhas de Indianápolis um espetáculo único.

"É um circuito desafiador", conclui Fittipaldi, que hoje será homenageado no centenário das 500 Milhas de Indianápolis.

A prova, que marca o 100º aniversário de Indianápolis, acontece neste domingo (29), com largada às 13h (horário de Brasília).

A jornalista viajou a convite da GM do Brasil