Publicidade
17/10/2011 - 07h23

Alfa Romeo voltará ao Brasil com a Chrysler

DEISE DE OLIVEIRA
ENVIADA ESPECIA À CALIFÓRNIA (EUA)

Os carros da marca italiana Alfa Romeo voltarão ao Brasil pelos concessionários Chrysler, segundo o vice-presidente de assuntos internacionais da montadora americana, Joseph ChamaSrour.

O grupo Fiat, dono da Alfa Romeo e que desde 2009 controla a Chrysler, planeja aproveitar a rede da marca americana, acostumada a lidar com um público de poder aquisitivo mais alto, para distribuir a grife italiana.

Divulgação
O compacto esportivo Mito faz parte da gama que a marca oferece atualmente na Europa
O compacto esportivo Mito faz parte da gama que a marca oferece atualmente na Europa

"Vamos vender Alfa Romeo com a Chrysler e não com a Fiat, que é uma marca de maior volume e carros menores", afirma o executivo.

O presidente do grupo, Sergio Marchionne, já tinha anunciado, no mês passado, a iniciativa para o mercado dos EUA, em 2012.

ChamaSrour não confirmou, no entanto, se no Brasil a retomada da Alfa Romeo ocorrerá no mesmo período, mas disse que a intenção é aproveitar a sinergia da aliança entre Fiat e Chrysler. A Fiat no Brasil não quis comentar.

A Alfa Romeo tem uma história de idas e vindas no Brasil. Modelos da marca foram produzidos no país primeiramente pela FNM (Fábrica Nacional de Motores), depois pela própria marca e, por último, pela Fiat. As atividades foram encerradas em 1986, quando o último sedã da linha 2300 foi fabricado.

Com a abertura do mercado pelo governo Collor de Mello, a Alfa voltou e sustentou o fôlego por pouco mais de dez anos. Segundo Nivaldo Nottoli, ex-executivo da Fiat, que em meados dos anos 1990 esteve no comando da empresa no Brasil, a marca italiana deixou o país por questões de mercado e rede.

"Os carros chegaram ao país muito caros e com depreciação alta, o que revoltou os compradores", diz Nottoli.

"E, na outra ponta, havia os revendedores Fiat, que no Brasil comercializa carros mais baratos. A Fiat não é um vendedor Alfa Romeo. A eficiência do mercado em vender carros de luxo é muito pequena. O revendedor investe onde tem lucratividade."

Desta vez, o mercado é ainda maior e mais competitivo, mas Nottoli avalia que a associação de duas marcas com padrão de atuação semelhante traga vantagens. "O consumidor de carro de luxo é bem informado e sabe o que quer. Duas marcas próximas, como Alfa Romeo e Chrysler, facilitam a convivência", frisa.

Lá fora, a marca oferece modelos como o compacto esportivo Mito, o hatch Giulietta e o cupê 8C Spider, mas deve ajustar a linha à nova estrutura de negócios.

CHRYSLER

A Chrysler também está em processo de reapresentação no Brasil e no mundo, após uma longa negociação de venda da marca e a incorporação pela Fiat.

Por aqui, deixaram de ser vendidos o PT Cruiser e o 300 C. Na nova fase, a fábrica do PT Cruiser no México passou a produzir o 500, e a minivan Dodge Journey já virou Freemont na Fiat.

Para 2012, o grupo planeja trazer ao Brasil ao menos quatro novos modelos e quatro versões inéditas das quatro marcas que administra.

"Ao todo serão oito lançamentos ao longo do ano, com um novo modelo a cada trimestre e as versões intercaladas", afirma Luiz Tambor, gerente de vendas e marketing da Chrysler no Brasil.

Entre as novidades, estão o Chrysler Durango e os Dodge Charger, Challenger e Viper, além de uma nova versão da Grand Cherokee.

No Brasil, o concessionário Chrysler atende às quatro marcas (Chrysler, Dodge, Jeep e RAM) -20 grupos econômicos administram 32 revendas. Até o final de 2012, devem chegar a 42 autorizadas.

Por a Chrysler ter sido do grupo Mercedes-Benz, muitos de seus concessionários ainda compartilham as duas marcas. "As concessionárias estão em processo de expansão e de separação física das marcas. Hoje, há três revendedores Chrysler independentes. Em relação à rede Fiat, buscamos grupos com identidade com 'premium'", diz Tambor.

A jornalista viajou a convite da Chrysler

 

Publicidade

 

Publicidade

 
Busca

Encontre um veículo





pesquisa

Publicidade

 

Publicidade

 

Publicidade
Publicidade

Publicidade


Pixel tag