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07/08/2011 - 07h55

Voluntariado corporativo cresce em 2011

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

O gerente de projetos Renato Carvalho, 28, passou em maio uma semana como voluntário no Malawi, na África, distribuindo purificadores de água em povoados e ensinando como usá-los.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
Renato Carvalho, que participou de programa de voluntariado na África
Renato Carvalho, que participou de programa de voluntariado

"Eram pessoas pobres, que andavam muitos quilômetros para buscar água, que costumava ser escura e ter dejetos de animais", lembra ele, que disputou com colegas uma das dez vagas oferecidas e teve licença da companhia para participar da ação.

O purificador é desenvolvido pela empresa em que atua, a Procter & Gamble. O trabalho voluntário também.

No Brasil, o número de empresas que oferecem programas de voluntariado aumentou nos últimos dois anos. O CBVE (Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial), que, em 2009, contava com 12 companhias, hoje tem 28.

O grupo de estudos organizado pelo Centro de Voluntariado de São Paulo reúne cerca de 200 empresas que implantaram ou estudam executar programas corporativos de trabalho voluntário.

Ações dessa natureza têm por objetivo zelar por comunidade, empregados e ambiente. "[Empresas] viram que podem melhorar a imagem com consumidores e funcionários", diz Wanda Engel, presidente do CBVE.

CRESCIMENTO

Mesmo sem saber chinês ou tai (língua oficial da Tailândia), o gerente de assuntos legais da farmacêutica Eli Lilly, Fabiano Andreatta, 39, foi ensinar inglês para crianças de 2 e 3 anos em escolas públicas tailandesas.

O trabalho, organizado pela empresa em parceria com a ONG Cross Cultural Solutions, exigiu "muito suor", afirma ele, que passou 15 dias no país em maio.

"Desenvolvi metodologias próprias, que não podiam ser muito complexas. Aprendi a brincar com as crianças e, nas brincadeiras, a ensinar."

Andreatta afirma não ter conquistado apenas realização pessoal. Expandiu também habilidades que, segundo ele, poderão ser levadas ao ambiente de trabalho.

"Aprendi a prestar atenção nas ações e nos comportamentos mais simples, enxergando a situação de diferentes formas para buscar novos resultados", analisa. O desafio hoje, completa ele, é passar o conhecimento adquirido aos colegas.

Andreatta trabalha como voluntário em uma instituição para crianças portadoras do vírus HIV há 20 anos.

 

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