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15/11/2011 - 07h44

Capacidade de liderança é a competência mais desejada

MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diante de desafios crescentes, da avalanche de informações e de metas agressivas, as competências mais exigidas na contratação dos executivos brasileiros, hoje, estão ligadas à gestão.

Atributos como capacidade de liderança, foco para resultados e visão estratégica são os mais valorizados, revela a pesquisa Datafolha feita com profissionais de RH.

As competências, que parecem subjetivas e abstratas, estão intimamente ligadas a resultados. Segundo os consultores, não adianta ser um líder carismático sem atingir objetivos. Tampouco funciona um time que bate metas, mas tem um relacionamento interno problemático.

"O líder precisa inspirar, desafiar e motivar a equipe a realizar seu potencial máximo. Para isso, tem de ser capaz de fazer com que cada um e todos aceitem o desafio e sintam que são relevantes", explica Jorge Antonio Dib, 48, diretor de relações com o mercado da Serasa Experian e da Experian América Latina que comanda 800 profissionais.

Cabe ainda ao executivo ter clareza dos objetivos da empresa e construir planos para atingir esses resultados, completa Eduardo Marques, diretor de operações da divisão de negócios executivos da EMA Partners Brazil, empresa de recrutamento.

"Já a visão estratégica vem da capacidade de antecipação, da observação de relações de causa e efeito e da identificação de cenários futuros", afirma Marques.

DEMISSÃO

Ao mesmo tempo em que a capacidade de liderança é um requisito para o emprego, sua falta é uma das principais causas de demissão (11%), ao lado do não cumprimento de metas (34%), da dificuldade de relacionamento (25%) e da falta de competência ou de experiência (16%).

Para Cláudio Vilardo, 36, diretor da divisão de negócios Norte/Nordeste da Kimberly-Clark, de produtos para higiene, o não cumprimento dos objetivos está relacionado principalmente à definição da meta ou à sua execução, o que envolve o relacionamento com a equipe.

Silvia Gerson, consultora da Stanton Chase, multinacional de seleção de executivos, diz que outro fator que mina o resultado do trabalho é a falta de transparência da empresa em relação às metas e às condições de trabalho.

"Muitas vezes, o profissional é contratado acreditando que encontrará um cenário 'x' e, quando chega à empresa, percebe que não tem as ferramentas para trabalhar, seja por um corte de funcionários, seja porque foram definidas metas muito agressivas sem seu conhecimento."

Para André Rapoport, 43, vice-presidente de recursos humanos para a América Latina do Grupo Sanofi no Brasil, assertividade e ousadia não lhe faltaram no trabalho.

"Nunca deixei de falar 'não' ou de dizer claramente se era possível ou não realizar algo. Alguns gestores têm receio da percepção de que eles não topam desafios e acabam assumindo metas impossíveis."

 

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