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18/03/2012 - 07h37

Empresas mudam estratégias para segurar talentos

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Conhecidas como políticas de retenção, as estratégias usadas para manter os profissionais nas empresas estão ganhando novos formatos. Remuneração atrativa e jornada flexível, por exemplo, deixaram de ser diferenciais.

Segundo pesquisa da consultoria internacional Hay Group, obtida com exclusividade pela Folha, a principal tática para 79,8% das empresas entrevistadas é a promessa de um projeto de desenvolvimento de carreira.

Isadora Brant - 8.mar.12/Folhapress
Vagner Pin negou 50 convites para sair da Pfizer
Vagner Pin negou mais de 50 convites para sair da Pfizer

O estudo mostra também que 43% das companhias estão muito preocupadas com as estratégias para manter talentos --que são profissionais qualificados e bem-sucedidos.

É o caso da Nestlé. Para segurar 1.140 líderes, a multinacional alimentícia periodicamente traça um mapa do risco de cada profissional dar um adeus definitivo à companhia e trocar de emprego.

No estudo, elaborado pelo setor de RH com o gestor direto do funcionário, são analisadas as possibilidades de ele receber proposta de outra empresa e de estar infeliz e estagnado profissionalmente.

A estratégia de retenção tornou-se importante "porque a empresa contrata líderes com perfis diferentes", avalia Lucimar Lencioni, gerente de desenvolvimento de carreiras da Nestlé.

Há 20 anos na multinacional alimentícia, o gerente executivo Marcus Dambrosio, 42, é um desses profissionais identificados pelo RH.

Na empresa desde 1992, ele diz ter recebido propostas de emprego e recusado todas. "Nem ouvi o que as empresas tinham a me oferecer", frisa.

PROPOSTAS

Como Dambrosio, Vagner Pin, 42, diretor comercial da Pfizer, afirma ter recusado mais de 50 convites de trabalho nos 16 anos em que está na farmacêutica. "A cada nova fase profissional, tenho uma meta diferente."

Diante da disputa por talentos pelo mercado de trabalho, elaborar estratégias de retenção com base no perfil dos assediados virou chave para barrar a concorrência. Neste cenário, as empresas passaram a ouvir a opinião de funcionários sobre suas funções e sobre a companhia antes de criarem as táticas.

Foi o que fez a farmacêutica Roche. Para demonstrar ao profissional que ele faz parte do time, projetos relacionados à visão da organização são avaliados por grupo de funcionários. "A empresa ganhou a cara da nossa equipe", diz a diretora de RH Denise Horato.

 

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