Imobiliária facilita utilização do fundo de garantia na compra de imóveis

O imóvel comprado na planta tem dois valores: aquele da venda assinada com a construtora e o preço de mercado da unidade no momento da entrega das chaves. A valorização média entre esses dois estágios do residencial chega a 30%.

Dessa forma, não basta assinar um contrato de imóvel novo abaixo do teto dos<qj>R$ 500 mil. É preciso que o banco financiador, na entrega, avalie-o até esse valor, para que ele se encaixe nas regras do uso do FGTS.

Ou seja, um apartamento de R$ 400 mil na planta corre o risco de não ter parte de seu custo pago pelo fundo de garantia dos compradores.

"Isso é sinal de que houve valorização do imóvel. Só é um problema para quem não pode prescindir do fundo", frisa Roberto Coelho da Fonseca, diretor de novos negócios da Coelho da Fonseca.

Para resolver a questão, pedir uma reavaliação para sacar o FGTS será a primeira alternativa se o cálculo ficar até 7% acima do limite.

"A avaliação é um processo estatístico com valores de mercado, mas pode ter distorções", assevera Celso Amaral, diretor da Geoimovel e da Amaral D'Avila Engenharia de Avaliações.

Jeitinho

Outra solução é trocar de imóvel. Se a construtora tem unidades à venda com o preço adequado, o consumidor pode negociar um intercâmbio antes do financiamento.

"O comprador pode adquirir um imóvel mais barato que fique pronto antes daquele em que esteja interessado, usar seu fundo de<qj>garantia nessa compra e revendê-lo para comprar o outro", afirma Leôncio Martins, diretor comercial da Abyara.

A Caixa Econômica Federal, administradora do fundo, diz, por meio de sua assessoria, não haver impedimentos para esse trâmite: é possível usar o saldo da conta individual do FGTS do trabalhador para a aquisição de um imóvel que venha a ser comercializado futuramente.

Não existe tempo de titularidade para essa venda, a não ser em linhas especiais de crédito, como o programa Minha Casa, Minha Vida.