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14/06/2011 - 07h45

Conta individual em condomínio permite corte de água de cada apartamento

HENRIQUE MELHADO BARBOSA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Fonte constante de brigas entre moradores de condomínios, a conta de água dos apartamentos pode ser individualizada e o consumidor pagar apenas por aquilo que gastou.

A alteração feita por empresas homologadas pela Sabesp (concessionária de água do Estado de São Paulo) permite distribuir os gastos conforme o uso e ainda o corte do fornecimento para os inadimplentes.

Há duas formas de realizar a individualização. Uma delas é realizada por empresas credenciadas pela Sabesp, que determina normas específicas, realiza treinamento de funcionários e garante a qualidade do serviço.

Atualmente, apenas três empresas fazem essa instalação. O custo por apartamento, em média, é de R$ 600.

No entanto, na maioria dos casos, o condomínio contrata uma empresa que instala e administra o serviço, mas não é homologada pela Sabesp. O custo dessa instalação geralmente é menor --em torno de R$ 300 a R$ 500 por apartamento.

A vantagem do sistema instalado com as especificações da Sabesp, além da maior garantia, é que o consumidor recebe uma conta individual emitida pela própria Sabesp.

Já no outro tipo de instalação, o condomínio continua recebendo uma conta geral e é a empresa contratada que faz a leitura dos hidrômetros e emite a conta para cada morador.

"Nem a empresa nem o condomínio têm autorização para cortar o fornecimento de água do morador, apenas a concessionária. A inadimplência, nesse caso, não se resolve", afirma Gisele Fernandes, gerente-geral da administradora de condomínios OMA.

PELA CULATRA
A contratação de empresas sem certificação também pode trazer problemas ao condomínio.

"Se a empresa dimensiona errado e coloca um medidor de vazão e pressão menores [do que o sistema exige], além do equipamento ter uma vida útil menor, isso pode até mesmo afetar a pressão do chuveiro", afirma Eduardo Zangari, diretor de locação da Aabic (Associação Administradora de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo).

"Se o hidrômetro não fica em área comum não tem como a Sabesp fazer a medição. Qual a garantia de que a leitura será correta, se o hidrômetro não será manipulado?", pergunta a professora do curso de Administração de Condomínios na Escola Paulista de Direito, Rosely Schwartz.

A professora, no entanto, lembra que há muitas empresas sérias no mercado, mesmo não credenciadas pela Sabesp, e que até instalam alarmes para evitar a adulteração dos leitores de consumo de água.

Mas, mesmo que o condomínio opte pela instalação homologada pela Sabesp, não são todos os prédios que atendem aos requisitos necessários.

"A Sabesp faz uma série de exigências como colocar o medidor na horizontal e ter uma válvula de fechamento à distância. Às vezes, a instalação é inviabilizada por questões técnicas e não pelo custo", diz Zangari.

ECONOMIA

Mesmo com os custos de uma possível inadimplência dissolvida no condomínio, a individualização pode ser interessante por reduzir os gastos individuais de água.

"Antes não se sabia o que cada um gastava, já que era uma despesa comum do condomínio. Agora, cada um gasta de acordo com seu consumo. É mais justo e as pessoas se habituam a economizar", diz Fernandes.

 

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