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01/07/2012 - 06h30

Golpes incluem até mesmo contadores

ANA MAGALHÃES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pequenos cuidados e precauções, como contratar um contador de confiança ou firmar contratos detalhados com fornecedores, podem ser suficientes para evitar que pequenos e médios empresários entrem em uma -ou em várias- roubadas.

De acordo com João Bonomo, professor de empreendedorismo do Ibmec-MG, dois golpes comuns nesse setor são os fornecedores-fantasmas e os contadores que não transferem ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a contribuição previdenciária paga pelo empresário.

Simon Plestenjak/Folhapress
Wanderley Magalhães, sócio-proprietário da gráfica Atrativa Indústria
Wanderley Magalhães, sócio-proprietário da gráfica Atrativa Indústria

No caso dos fornecedores-fantasmas, normalmente o golpe é aplicado na segunda ou terceira entrega de produtos ou serviços.

"No primeiro contato, tudo ocorre perfeitamente. No segundo é que surge o problema. Os fornecedores cobram o pagamento do empresário, afirmam que os produtos atrasaram por algum motivo e depois desaparecem", diz Bonomo.

Para escapar dessa, Silvio Vucinic, consultor jurídico do Sebrae-SP, recomenda que os empreendedores façam contratos detalhados com seus fornecedores. "É importante evitar generalizações nesses contratos. Além disso, deve-se descrever as obrigações de cada parte, colocar o valor, o prazo e a forma de pagamento", aconselha.

Antes de assinar o contrato, vale confirmar o registro da empresa na Junta Comercial e buscar referências do fornecedor.

CONFIANÇA

Já no caso dos contadores, a recomendação é contratar somente profissionais indicados e de confiança.

Para evitar desvios da contribuição previdenciária, é possível solicitar que os funcionários peçam, no INSS, o extrato CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), para verificar se os depósitos estão sendo feitos corretamente.

Para Bonomo, outro problema é deixar a vida financeira na mão de um contador que não vivencia o dia a dia da empresa e não sabe exatamente qual o fluxo de caixa. "Muitos contadores trabalham 'no atacado' e não acompanham de perto o que está acontecendo na empresa", afirma.

O especialista recomenda que os empresários façam conciliações bancárias, calculem quanto há no caixa da empresa e verifiquem as contas todos os dias. "Assim, o pequeno empresário vai adquirindo uma experiência contábil, o que considero importante para o dia a dia da empresa."

Wanderley Magalhães, sócio-proprietário da Atrativa Indústria Gráfica, afirma que sempre acompanhou diariamente as finanças da empresa. "O meu contador cuida da contabilidade e, em algumas eventualidades, eu o consulto para esclarecer dúvidas." Quando recebe boletos novos ou de entidades desconhecidas, a primeira coisa que Magalhães faz é ligar para o seu contador, em quem diz confiar totalmente. "Nós nos conhecemos há 20 anos. Estou muito bem assessorado e nunca me envolvi em problemas", afirma.

Editoria de Arte/Folhapress
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