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15/07/2012 - 03h03

Aceleradoras e competições são passo para transformar ideia em negócio

LUCIANO FELTRIN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O tempo em que empreendedores precisavam recorrer a amigos ou parentes dispostos a investir em uma ideia de negócio promete ficar para trás no Brasil.

Dados do GVcepe (Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital), da Fundação Getulio Vargas, revelam que os investimentos de capital de risco aplicados em start-ups brasileiras (empresas iniciantes de base tecnológica) estão, desde 2005, em expansão, crescendo aproximadamente 50% ao ano.

Cecilia Acioli/Folhapress
Brunno Galvão (de boné) teve problemas no início, investiu recursos próprios e só depois conseguiu um investidor
Brunno Galvão (de boné) teve problemas no início, investiu recursos próprios e só depois conseguiu um investidor

Em 2009, de acordo com o último levantamento feito pela instituição, os fundos de risco investiram US$ 3,1 bilhões (R$ 6,2 bilhões) em empresas brasileiras -desse total, 15% em start-ups.

Para aplicar recursos em empresas iniciantes, investidores que detêm o chamado capital de qualidade --aquele que traz para as start-ups também experiência administrativa e gerencial para vitaminar um negócio-- estão cada vez mais seletivos.

Alguns especialistas recomendam que a busca pelo investidor ideal comece em universidades, centros de pesquisa e entidades de fomento.

O Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), ligado à USP, por exemplo, conta com um laboratório com 150 start-ups.

"O nosso papel é fazer com que investidores e empreendedores falem a mesma língua para que o negócio prospere", diz Maurício Valter Susteras, consultor de gestão tecnológica do Cietec.

Mas nem todos apostam nas incubadoras como o melhor caminho para uma empresa iniciante.

Para Adalberto Brandão, CEO do GVcepe e coordenador do Desafio Brasil, uma das competições de boas ideias mais prestigiadas do país, as aceleradoras estão mais alinhadas com o ritmo de negócio que uma start-up exige.

Essas entidades são semelhantes às incubadoras, mas selecionam os projetos encaminhados e ajudam seus donos a captar investimentos.

"Aceleradoras escolhem boas ideias, testam produtos e colocam o empreendedor em contato com clientes, fornecedores e investidores. Em pouco tempo, é possível transformar uma ideia em negócio", diz Brandão.

Para chegar às aceleradoras, o ideal é participar de encontros, de debates e, especialmente, dos concursos realizados anualmente.

Segundo Brandão, se o empreendedor tiver recursos próprios para investir em sua ideia e testar o produto, as chances de entrar em uma aceleradora ou de conquistar um investidor se tornam significativamente maiores. "É mais fácil conseguir vender o seu peixe quando há algo a ser mostrado", afirma.

Foi o que aconteceu com Brunno Galvão, 27. Após enfrentar problemas para abrir sua empresa, ele decidiu buscar ajuda. "Passei a frequentar todos os eventos e concursos possíveis de start-ups e aprendi que ninguém coloca dinheiro em ideias, mas sim nos empreendedores e na sua dedicação", diz.

Ele reformulou a sua ideia de negócio, investiu recursos próprios e, por fim, conseguiu vender parte da empresa para investidores-anjos (executivos que aplicam recursos pessoais em start-ups). Galvão levantou cerca de R$ 700 mil para desenvolver melhor o site de compras coletivas O Holandês, que oferece descontos para quem quer adquirir produtos eletroeletrônicos.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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