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23/10/2011 - 07h37

Diversificar destino evita prejuízo em exportação

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Participar de congressos internacionais e passar três anos na Incubadora de Empresas de Santos, no litoral de São Paulo, foram os primeiros passos da indústria de produtos dermatológicos Walkmed rumo ao exterior.

Hoje, com três anos de experiência no mercado externo, 10% do faturamento da empresa é proveniente de vendas para países como Argentina, Espanha e Portugal.
A partir do próximo mês, os produtos serão vendidos também para a Colômbia, afirma Alberto Cardoso de Gouveia, 45, diretor da Walkmed. O objetivo, explica o executivo, é atender à demanda do Exército na luta contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"O meu plano de negócio contempla explorar a necessidade médica de vários países de forma estratégica", diz.

Luiz Fernando Menezes/Folhapress
Alberto Cardoso de Gouveia, na Walkmed, em Santos (SP)
Alberto Cardoso de Gouveia, na Walkmed, em Santos (SP)

Diversificar destinos de exportação, como faz Gouveia, é estratégia para micro e pequenos empresários enfrentarem oscilações cambiais e econômicas, segundo especialistas ouvidos pela Folha.

"Depender de um único cliente para manter o índice de exportação superavitário é arriscado, porque, se a economia do país entra em crise, a empresa [exportadora] fecha as portas", analisa Lúcio Abrahão, sócio da área de tributos da consultoria de negócios KPMG no Brasil.

Acompanhar o noticiário financeiro mundial, aconselha ele, "permite ao empresário antecipar tendências de mercado, conhecer a realidade de cada país e contornar possíveis contratempos".

Ao tentar exportar produtos apenas para a Europa em 2008, no início da crise financeira mundial, Marcelo Prevideli, 44, proprietário da Plastomero, empresa de injeção de plásticos, teve prejuízo estimado em € 10 mil após "levar calote de uma multinacional endividada".

A perda, recorda o empresário, não trouxe problemas estruturais ao negócio; porém, interrompeu o investimento em exportação. Na avaliação de Prevideli, a estabilização cambial deve melhorar o cenário para o empreendimento. "Mas ainda não vejo um canal de vendas e marketing suficiente para investir novamente em exportações", sinaliza.

 

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