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04/12/2011 - 07h26

Sistemas de som veicular são alvo de pirataria

RICARDO RIBEIRO
DE SÃO PAULO

Depois das peças de reposição, agora é a vez de componentes dos sistemas de som dos veículos, como cabos e alto-falantes, serem o alvo da pirataria.

Os fabricantes desses produtos dizem ter verificado aumento do número de produtos falsificados no mercado.

"O equipamento falso tem aparência semelhante e imita o logotipo das marcas para confundir o comprador", cita Roberto Dias, representante de vendas da Falcon, fabricante de alto-falantes.

Segundo Emanuel Mello Junior, gerente comercial da Eros Alto-Falantes, o problema dos produtos piratas é não oferecer o rendimento esperado porque usam matéria-prima de baixa qualidade.

"Os alto-falantes apresentam defeitos como superaquecimento, e o consumidor terá que gastar mais para substituí-los", explica.

Cabos de origem duvidosa costumam ter espessura inferior à necessária para suportar a corrente.

"Um material de baixa qualidade pode acarretar danos à parte elétrica do veículo, com risco de curto-circuito, o que causaria um incêndio", alerta o consultor César Samos, da Mecânica do Gato.

Editoria de Arte/Folhapress

De acordo com informações do FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria), empresas importam irregularmente falsificações prontas ou produtos de baixo custo e colocam estampas que imitam grandes marcas.

"O consumidor se expõe a um produto em desacordo com as normas técnicas, comprometendo sua segurança e sua saúde, e contribui para fortalecer organizações criminosas, quase sempre ligadas ao comércio de itens falsificados", diz Rafael Bellini, secretário-executivo do FNCP.

Quem vende produtos falsificados infringe a Lei de Propriedade Industrial e pratica crime contra as relações de consumo, passível de multa e prisão.

COMÉRCIO

Peças falsificadas para sistema de som automotivo são vendidas livremente na cidade de São Paulo. De dez lojas visitadas pela Folha na capital, todas tinham opções de produto sem marca ou com embalagens duvidosas.

Na maioria das vezes, os itens eram oferecidos como "peças paralelas" quando era solicitada uma alternativa mais barata. Em algumas lojas, vendedores "empurravam" diretamente os produtos piratas como se fossem originais em promoção.

A prefeitura alega que realiza fiscalizações periódicas no comércio para combater a pirataria.

Já o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) não tem previsão de quando incluirá peças de som para carro no programa de certificação, que hoje atribui selo a itens como rodas, pneus, amortecedores, bombas de combustível, lâmpadas, buzinas e componentes do motor.

Algumas orientações ajudam a reconhecer as falsificações (veja acima). Outra dica é reparar no preço. "Se é barato demais, melhor desconfiar", diz Danilo Ferreira, do Auto Center Imigrantes.

Prefira concessionárias e oficinas de confiança. "É o chamado efeito dominó. Uma boa oficina tem um bom fornecedor, que tem um bom fabricante por trás para dar uma garantia", avalia Ferreira.

 

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