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19/02/2012 - 07h00

Nova S10 passa por primeira avaliação

EDUARDO SODRÉ
ENVIADO ESPECIAL A INDAIATUBA (SP)

A primeira geração da Chevrolet S10 sai de cena e deixa apenas o nome como herança. A mudança equivale à metamorfose que a Toyota Hilux passou em 2006.

A picape média japonesa reinventou o segmento e virou o sonho de consumo do Brasil profundo. Enquanto isso, a S10 antiga permanecia líder de mercado, graças ao bom preço e às vendas para frotistas.

Agora, a situação se inverteu. A Hilux acaba de passar por uma mudança discreta, cuja maior novidade é a chegada do motor "flex". Já a S10 renasceu.

Maurício Pavan/Divulgação

Por dentro, a nova picape Chevrolet é luxuosa como um sedã médio. Os materiais da cabine são semelhantes aos usados no Cruze, bem como os equipamentos de série e opcionais. Há 12 versões disponíveis, da LS "flex" cabine simples (R$ 58.868) à LTZ cabine dupla turbodiesel (R$ 135.250 com câmbio automático e tração 4x4).

O motor 2.4 "flex" manteve a potência da geração anterior (147 cv) e ganhou mais torque. Na opção diesel, as mudanças foram maiores. O novo 2.8 turbo oferece 180 cv, um ganho de 40 cv em relação à geração anterior.

Maurício Pavan/divulgação

Após as apresentações, o teste. A primeira parte foi feita em uma trilha de terra no Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba (a 98 km de São Paulo). A forração de couro e o câmbio automático de seis marchas não combinavam com a buraqueira, mas versão mais cara da nova S10 mostrou-se valente, apesar de exageradamente anestesiada.

O problema está na direção. A leveza vai agradar aos que só querem saber de usar a picape em trechos urbanos, mas as reações lentas aos comandos do volante ficam evidentes em trechos de terra e lama.

No asfalto, as qualidades se sobressaíram. A nova S10 é silenciosa em ambas as versões. O motor turbodiesel trabalha suave, bem diferente da versão anterior, vibrante no pior sentido da palavra.

Picapes médias combinam com grandes espaços e pouco asfalto. E lugares assim não faltam no Brasil. Segundo a Chevrolet, 45% dos compradores de utilitários desse porte moram em cidades com menos de 500 mil habitantes.

Entre os consumidores, há empresários, pecuaristas e produtores rurais que querem modelos bem equipados e robustos, capazes de transportar a família para o shopping com a mesma desenvoltura com que carregam cargas na fazenda. Este é o público-alvo das picapes de luxo.

Divulgação

As cabines cresceram e ganharam comodidade. O aperto encontrado no banco traseiro da antiga S10 foi substituído por mais espaço para as pernas e encosto do banco com maior inclinação. É a mesma receita já adotada pelas rivais Toyota Hilux, Nissan Frontier, Mitsubishi L200 Triton e VW Amarok. A próxima a mudar será a Ford Ranger, cuja nova geração estreia entre maio e junho.

A picape Chevrolet aposta na variedade de versões para se manter no topo do mercado. São 12 opções diferentes. A cabine dupla mais barata (LS "flex") custa R$ 66.350.

Todas as versões trazem freios ABS (sistema que evita o travamento das rodas), ar-condicionado e direção hidráulica.

Apenas a S10 movida a diesel pode ser equipada com tração 4x4 e câmbio automático de seis velocidades. As opções "flex" tem caixa manual de cinco marchas.

A capacidade de carga é de 1.303 kg na cabine simples e de 1.208 kg na dupla. Para quem transporta mais coisas dentro do carro do que na caçamba, as versões mais caras trazem 23 porta-trecos.

 

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