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07/06/2011 - 07h13

Carro elétrico poderá 'guardar' energia na carroceria

DE SÃO PAULO

A produção em larga escala de veículos elétricos esbarra, há algum tempo, em autonomia e peso.

A tecnologia de hoje fornece apenas energia suficiente para rodar, em média, cerca de 160 km. Baterias maiores, porém, não são uma boa solução. Elas aumentam o peso do carro, exigindo mais da bateria, voltando a reduzir a autonomia do veículo.

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Pesquisadores do Imperial College de Londres, na Inglaterra, estão desenvolvendo um protótipo com compostos de carbono na carroceria, que também servem como baterias.

"Eles funcionam como capacitores, dispositivos que possuem uma carga elétrica até que sejam explorados. Embora a quantidade de energia ainda seja bastante modesta, os resultados mostram que nosso material poderia ser usado para suavizar as demandas da bateria, aumentando assim a sua vida", explica Émile Greenhalgh, especialista em compostos que integra a equipe de pesquisadores.

A carroceria é formada com chapas de fibra de carbono, material 50% mais leve que o aço, mas que oferece maior resistência e rigidez.

Para que as chapas possam armazenar eletricidade, a resina que une as fibras de carbono é misturada com íons de lítio, e as fibras servem como eletrodos condutores.

"É diferente de uma bateria, que produz eletricidade a partir de uma reação química", compara Greenhalgh.

Editoria de Arte / Folhapress

Os materiais de dupla função poderiam deixar veículos elétricos e híbridos mais leves e, simultaneamente, fornecer eletricidade extra.

O que compensaria o aumento no custo. Embora sejam usados em um punhado de carros esportivos, compostos de carbono continuam sendo muito caros para serem usados em automóveis de mais volume de produção.

Um projeto mais amplo ainda reúne a equipe inglesa e a Volvo para estudar os novos materiais.

Um dos objetivos é testar um protótipo elétrico com um assoalho que fornece eletricidade.

"Nós estamos esperando 15% de redução de peso em comparação com a bateria padrão em uma estrutura convencional", afirma Per-Ivar Sellergren, da engenheira da Volvo.

Para Sellergren, no futuro, os compostos serão tão eficientes para armazenar energia quanto as baterias convencionais.

"Mesmo que o painel não seja grande o suficiente para alimentar o carro inteiro, ele poderia fornecer energia suficiente para desligar o motor quando o carro está parado em um semáforo. Um carro elétrico exigirá apenas o teto, capô e tampa do porta-malas nesse material para conseguir uma autonomia de 128 km.

Com agências internacionais

 

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