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26/06/2011 - 07h17

Passat e Cadenza: ousadia sul-coreana empata com sobriedade alemã

EDUARDO SODRÉ
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS

Quando o Kia Cadenza aponta na esquina, é um acontecimento. Sobrancelhas se erguem, pescoços entortam, garotos apontam. Já o novo Volkswagen Passat não desperta tanta comoção; se é para emocionar alguém, que seja o motorista.

São duas propostas distintas de luxo, que se encontraram na pista de testes. O Passat tem berço, seu nome faz parte da linhagem Volkswagen desde 1973. O Cadenza é um novo rico que com uma missão nesta Terra: apagar a péssima imagem deixada pelo Kia Opirus, seu antecessor.

Eduardo Anizelli/Folhapress

Ambos desempenham bem seus papéis. Mal se abre a porta e o Cadenza 3.5 V6 já demonstra simpatia. O banco recua automaticamente, e o volante, com ajustes elétricos, inclina-se para cima, facilitando a entrada.

O nome do carro surge na soleira, iluminado por uma tênue luz vermelha. No painel, uma mensagem de boas-vindas saúda o motorista.

O Passat 2.0 TSI é mais pragmático. Seu interior mistura couro com apliques plásticos pretos ou metalizados. O sul-coreano usa molduras que imitam madeira e frisos cromados por dentro e por fora. O VW é sóbrio, quase sem graça. O Kia é opulento, quase cafona.

Outras peculiaridades da cabine mostram as diferenças de perfil: o Passat prioriza o motorista, com posição de guiar mais esportiva, direção direta e comandos à mão.

O Cadenza afaga quem se acomoda no banco traseiro. Dali é possível comandar o sistema de som, graças ao controle embutido no descanso de braço. O proprietário viaja como um chefe de Estado, desfrutando do ótimo espaço para as pernas.

Eduardo Anizelli/Folhapress

O motorista do Kia deve dosar bem o pé no acelerador, para o patrão não reclamar de arrancadas bruscas. Que ironia... O Passat, apesar do turbo, é mais dócil nas saídas.

Na pista, empate técnico. As diferenças ficam na casa dos décimos de segundo, com leve vantagem para o Passat em aceleração e para o Cadenza em retomadas.

Mas se o V6 da Kia (290 cv) esbanja vigor, a combinação do motor 2.0 turbo (211 cv) com o câmbio de dupla embreagem do Passat separa os homens dos meninos. E ainda bebe pouco. O consumo na estrada ficou em 16,6 km/l.

O sedã alemão fica à vontade nas curvas, enquanto o Kia inclina mais. Para compensar, o Cadenza ignora
buracos e valetas.

O preço do Passat começa em R$ 106,7 mil. Com todos os itens disponíveis, como o carro testado, o valor chega a R$ 141,7 mil.

O melhor opcional do Volks é o pacote ACC (controle automático de distância e velocidade). Custa R$ 5.160 e é capaz de parar o carro sem a intervenção do motorista em caso de batida iminente. Vale cada centavo.

O Kia custa R$ 119,9 mil. O único opcional é o gigantesco teto solar (R$ 4.000).

Qual é o melhor? Se você gosta de pegar a estrada e ama dirigir, vá de Passat. Se sua onda é desfilar pela cidade, de preferência refestelado no banco traseiro, o Cadenza é a escolha certa.

As montadoras cederam os carros para teste

INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA
0/xx/11/4239-3092; www.maua.br

 

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