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14/08/2011 - 07h48

Aceleramos os elétricos Volt e Leaf no Brasil

RICARDO RIBEIRO
DE SÃO PAULO

Nissan Leaf e Chevrolet Volt são o futuro da indústria automotiva. Ambos já rodam no Brasil, embora os fabricantes ainda não planejem vendas, como já acontece no exterior. A indústria espera incentivos fiscais como os oferecidos nos EUA.

Alessandro Shinoda/Folhapress
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Chevrolet Volt (à esq.) e Nissan Leaf têm desconto de até US$ 7.500 nos Estados Unidos

A Folha avaliou Leaf e Volt na estrada e na cidade por 300 km. São propostas diferentes que carregam a identidade de seus fabricantes.

O japonês Leaf requer planejamento oriental e paciência para recargas de até 20 horas em tomadas caseiras (110 V). Completa, a bateria de íons de lítio permite rodar 160 km.

Considerando preço, dirigibilidade e mesmo autonomia, é a melhor opção entre os totalmente elétricos -- que não emitem poluentes.

O Volt traz dois motores elétricos e autonomia para rodar 65 km. A recarga leva até 10 horas (110 V). Contudo, um motor a combustão funciona como gerador e permite percorrer mais cerca de 500 km. É como usar um telefone celular ligado na tomada.

Ricardo Sukys/Editoria de arte/Folhapress

Uma virtude, porém, que gerou polêmicas. Quando se exige mais do Volt, o motor 1.4 a gasolina ajuda a tracionar o carro. Ele está acoplado a um dos propulsores elétricos, e sua ação é liberada por um complexo e eficiente conjunto de embreagens.

Pelo desempenho e pela tecnologia do sistema, é o melhor carro híbrido do mundo. O problema é que a Chevrolet renega os louros da vitória ao vendê-lo como elétrico.

"Indiretamente, o motor a combustão chega a tracionar as rodas, mas o elétrico está sempre funcionando", diz Plínio Cabral, diretor de engenharia elétrica da GM.

Nos EUA, a montadora conseguiu criar a categoria Veículo Elétrico com Autonomia Estendida (E-REV), garantindo isenções e imagem. Na China, o modelo será homologado como híbrido.
espertos

Leaf e Volt têm reações espertas. Elétricos entregam sempre 100% do torque, não importa a rotação do motor. O Volt tem 150 cv. São 43 cv a mais que o Leaf (107 cv) -isso explica o maior vigor do GM. Em ambos, a energia das frenagens é reaproveitada para recarregar as baterias.

Ricardo Sukys/Editoria de arte/Folhapress

O acerto das suspensões privilegia o conforto, e as carrocerias baixas ajudam a manter a estabilidade. O exterior futurista provoca intimidade instantânea com desconhecidos nas ruas.

O modelo da Nissan usa o entre-eixos maior para garantir bom espaço interno. O Chevrolet só leva dois atrás, com um pouco de aperto.

No elétrico Leaf não há escapamento. No Volt, a saída é disfarçada pelo para-choque traseiro pronunciado.

Quando o painel do Chevrolet avisa que a bateria acabou e o movimento será mantido com a velha queima de gasolina, vem um peso na consciência. A sensação ruim logo é substituída pela tranquilidade de ver a autonomia crescer para 500 km.

O Nissan Leaf é mais ecológico, mas dirige-se com medo. A ausência de uma rede de recarga rápida obriga a pisar mansinho e ficar feliz com congestionamentos e a possibilidade de mais algumas freadas regenerativas.

As montadoras cederam os carros para avaliação

 

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