Divulgação de consumo dos carros seguirá norma do Inmetro
FELIPE NÓBREGA
DE SÃO PAULO
Diversos importados se destacam pelo baixo consumo de combustível. Mas como grandes e potentes sedãs alemães, por exemplo, conseguem médias similares às de compactos "populares" nacionais?
Simples. Muitas empresas divulgam o desempenho de carros importados com base em testes aferidos no exterior, onde as condições de rodagem são distintas e a gasolina, mais pura, rende mais.
Divulgação |
Modelo da nova etiqueta do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do Inmetro |
Mas esse tipo de prática está com os dias contados, prevê o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Isto porque o órgão promete publicar ainda neste mês uma portaria que obrigará os informativos sobre consumo a seguir o mesmo padrão de teste -a norma NBR 7024.
Toda publicidade de automóvel terá um ano para se adequar às novas regras.
O modelo exigido será o mesmo usado desde 2010 pelo Inmetro para estabelecer o índice de eficiência energética dos carros inscritos no Programa Brasileiro de Etiquetagem. O ingresso no PBE é voluntário e feito pelo fabricante do veículo.
"Já são 104 automóveis catalogados, e a normatização deve estimular a adesão de mais [carros]", prevê Marcos Borges, coordenador do programa -que passará por ajustes a partir de outubro.
NA CONCESSIONÁRIA
A primeira novidade, segundo a Folha apurou, será a obrigatoriedade do selo colado no vidro lateral do carro. Ele trará dados de consumo (urbano e rodoviário) e a classificação de eficácia em relação aos concorrentes.
A etiqueta continua semelhante à que informa a eficiência energética de eletrodomésticos. Até porque 70% dos consumidores confessaram ao Inmetro que se basearam em dados do selo para decidir qual modelo de geladeira ou fogão comprar.
O programa de etiquetagem veicular se subdivide em categorias. Além das oito existentes, haverá mais duas: a dos utilitários esportivos (4x2) e a das minivans.
A inclusão de dados de emissão dos veículos (Nota Verde) ficou para 2012, como previsto; será o primeiro passo para tornar o selo compulsório. Assim, até o fim da década, o governo terá um meio confiável para definir uma nova política de tributação, que privilegiará os mais "ecológicos", como na Europa.
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