Avanço de antifurtos 'obriga' ladrão a abordar o motorista

Os sistemas antifurto dos veículos avançaram muito nos últimos anos. Tanto que a maioria dos automóveis, além de alarme, já sai de fábrica com chave codificada.

João Brito/Folhapress

Motor de carro moderno só dá a partida com a chave original, que tem um chip interno codificado

Mas o problema dos carros terem ficado mais seguros recai sobre os motoristas, que estão virando o alvo dos marginais. O ladrão sabe que, em carros mais modernos, vai precisar da chave original (com chip) para dar a partida no motor.

A maior prova disso são os número da Secretaria de Segurança Pública. Enquanto a quantidade de furto se mantém estável no Estado de São Paulo, cresce o número de roubos --situação em que o ladrão aborda o condutor.

De acordo com o governo, só em agosto foram registradas 10.675 ocorrências no Estado, 22,8% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Para o especialista em segurança pública e privada Jorge Lordello, a tendência com o avanço dos antifurtos é que o número de roubos passe o de furtos em poucos anos. Ano a ano ela vem caindo. No mês passado foram 9.531 furtos ante 6.972 roubos apenas na cidade de São Paulo.

Para evitar ser surpreendido por ladrões, Lordello aconselha o motorista a não permanecer dentro ou próximo do veículo estacionado na rua nem se delongar para entrar ou sair da garagem, principalmente na capital, onde a chance do proprietário ter o seu carro roubado ou furtado é quase cinco vezes maior que no interior.