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20/12/2011 - 07h13

Treinamentos de imersão levam realidade à equipe

PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO

Criar inovação para produtos alimentícios é a especialidade de Vanessa Reichelmann, 29, coordenadora de temperos regionais da Unilever, multinacional de bens de consumo. Cozinhar, não.

A distância da publicitária da cozinha, contudo, foi reduzida entre julho e outubro deste ano, período em que participou de curso de gastronomia pela multinacional, em parceria com o Senac.

"O treinamento nos trouxe mais perto da realidade dos consumidores", destaca ela, que diz ter se inscrito no curso para aprimorar suas habilidades culinárias e seu desempenho profissional.

Treinamentos práticos como o oferecido pela Unilever ganharam novo formato, mais focado na área de atuação de cada trabalhador, e maior representatividade nas empresas, devido à disputa por fidelização de clientes.

Na Centauro, rede de lojas do setor esportivo, saber andar de bicicleta e jogar tênis, por exemplo, não são mais diferenciais dos vendedores.

Isadora Brant/Folhapress
Vanessa Reichelman, no Senac, em SP
Vanessa Reichelman, na aula de gastronomia no Senac (SP)

Nos treinamentos de imersão anuais oferecidos pela varejista, conta Vanessa Fontoura, diretora de recursos humanos, os funcionários vão além no desenvolvimento de habilidades: aprendem a montar os equipamentos da loja e a encordoar raquetes.

"A equipe tinha carência de conhecimento técnico por falta de vivência", considera. O vendedor Jefferson Geraldo Ines, 22, aprendeu a montar bicicletas no treinamento de julho deste ano.
Antes disso, recorda, pedia auxílio a técnicos da loja para orientar clientes. "Era constrangedor dizer [ao consumidor] que não poderia ajudar", comenta.

Na TAM Viagens, até 15 funcionários -escolhidos por desempenho- viajam a cada dois meses para destinos "que precisam ser alavancados em vendas", afirma o gerente Edson Akabane.

"Nossos produtos não estão em gôndolas, e os consumidores só podem conhecê-los a partir da experiência relatada por vendedores", diz.

OBJETIVOS

Melhorar o desempenho dos funcionários e intensificar as vendas são alguns dos motivos que levam empresas a investir em cursos de imersão, segundo Adriana Gomes, coordenadora do departamento de carreiras da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).

"Os profissionais têm dificuldade com o aprendizado técnico e, sabendo disso, as empresas elaboram cursos práticos para terem retorno mais rápido e reduzirem gastos com rotatividade", diz.

Atrair e reter funcionários foram os maiores atrativos desse modelo de ensino, na avaliação de Fernando Kahane, gerente da Unilever. "Se o profissional não conhece o ambiente culinário, a probabilidade de ele trazer boas ideias de negócio para a empresa é menor", argumenta.

 

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