Prefeitura de SP prorroga prazo para condomínios colocarem filtros em geradores a diesel

A Prefeitura de São Paulo prorrogou em um ano o prazo para que os condomínios tornem o seus moto-geradores menos poluentes, em decreto publicado na última quinta-feira.

A nova data-limite é 21 de setembro de 2012.

O prazo anterior, que terminava nesta semana, previa que todos os condomínios deveriam adaptar os seus equipamentos movidos a óleo diesel para utilizar combustíveis menos poluentes.

A alternativa seria providenciar filtros que diminuam a emissão de poluentes, que custam entre R$ 7.000 e R$ 18 mil, conforme a potência do gerador, segundo o fabricante Nil.

Para o vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário), Hubert Gebara, o prazo de seis meses não era suficiente para que os condomínios do município pudessem se adaptar à nova regra.

"Como são milhares de condomínios na cidade, as fábricas de filtros não teriam condições de atender a demanda e estavam aumentando o preço. Além disso, faltava regulamentação. Ainda não se sabe qual é o nível aceitável ou não de poluição."

A decisão da Prefeitura de incluir os condomínios residenciais no decreto é equivocada, opina Raquel Tomasini, engenheira da Lello Condomínios. "Nos condomínios residenciais, os geradores só são acionados em questão de segurança ou emergência. Aqui no meu prédio eu fiz um cálculo. Em dez meses, o gerador ficou ligado por dez horas", afirma.

O decreto prevê multas de R$ 500 a R$ 10 milhões, dependendo de quesitos como níveis de emissão de gases poluentes. A fiscalização será feita pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.