Michel Teló vai lançar produtos que devem render R$ 250 milhões
FELIPE MAIA
DE SÃO PAULO
Depois de chegar ao topo do ranking de hits latinos da revista "Billboard", fazer turnê na Europa e impregnar os ouvidos de boa parte do mundo, Michel Teló chega às prateleiras. O cantor de "Ai Se Eu Te Pego" fechou um contrato de licenciamento para uso de sua marca em produtos --serão 500 itens, como aparelho celular, calçados, mochilas, bonecos e jogos.
De acordo com a Angelotti Licensing & Entertainment Business, responsável por negociar o uso da marca Michel Teló com as empresas que vão fabricar os produtos, a meta é que as vendas desses itens no varejo faturem R$ 250 milhões até o fim de 2013 --40% desse valor deve ser atingido já em 2012.
Simon Plestenjak/Folhapress |
Celular com marca do cantor deve vir com vídeos e músicas |
Os primeiros produtos devem chegar às lojas entre setembro e outubro.
Na área de licenciamento, os fabricantes dos produtos têm de repassar entre 6% e 14% do valor da venda para o artista e para a empresa que o licencia. No caso de Teló, a média vai ser de 10%.
A entrada do cantor no mercado de licenciamento --segmento que deve faturar R$ 4,9 bilhões neste ano-- reforça a tendência de diversificação do setor, até então monopolizado por apresentadoras de televisão, como Eliana e Ana Hickmann.
Elas, que reinavam praticamente sozinhas, deverão dividir parte do bolo com jogadores, cantores, bandas e duplas musicais. "Há uma diversificação maior [do setor], que antes estava mais focado em celebridades de TV", diz Sebastião Bonfá, presidente da Abral (Associação Brasileira de Licenciamento).
"Hoje, há um trabalho mais segmentado, com artistas plásticos ou estilistas que licenciam a própria marca, caso do pintor Romero Britto", afirma Mauricio Tavares, diretor da agência Tass.
Apesar disso, as apresentadoras ainda levam vantagem, graças à exposição permanente na TV, enquanto os cantores, por exemplo, dependem de uma música que faça sucesso para promover sua imagem. Por esse motivo, elas ainda são um investimento mais seguro, na opinião de Tavares.
Porém, para Luiz Angelotti, que agora licencia Teló e também intermedeia negociações para a banda Restart, é possível pensar em produtos de longo prazo para músicos.
"Você tem que procurar junto ao empresário do artista qual é o planejamento de carreira e de marca. O risco de haver falha ou desaparecimento no caminho é muito pequeno".
Editoria de Arte/Folhapress |
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