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22/05/2011 - 07h10

Cliente estrangeiro ajuda a reduzir custo

DE SÃO PAULO

Distribuidores e clientes nos países para os quais os produtos são enviados podem ser grandes parceiros em época de crise cambial.

Foi negociando com um de seus compradores que Raquel Cruz, 42, dona da fábrica de cosméticos Feitiços Aromáticos, pôde reduzir custos no processo de exportação.

A empresária tem dois clientes na Europa -um em Portugal e outro na Espanha-, para os quais fazia seis remessas anuais. Com a crise financeira, os preços dos produtos começaram a subir.

Exportação de pequena e microempresa sobe 62%

Cruz combinou então a redução do número de remessas para cortar gastos: a companhia portuguesa, que tem operações no Brasil, exporta os produtos e os repassa para o cliente espanhol.

"Reduzimos os custos de exportação diminuindo para três remessas anuais e fazendo a operação por intermédio do cliente. Pudemos manter preço e volume de vendas", diz Cruz, que tem nos planos aumentar o investimento em exportação a partir de 2012.

Buscar parcerias no país de destino é recomendado pelo consultor Batista Gigliotti, da Fran Systems, consultoria de estratégia e desenvolvimento de negócios. Para ele, o contato com distribuidores locais é fundamental para quem pretende, além de exportar produtos, montar um negócio em outro país.

INCENTIVO

Outra dica do consultor é buscar programas governamentais de apoio e financiamento para exportações.

A Folha levantou três iniciativas do governo que visam incentivar micro e pequenas empresas que queiram ir para o exterior (veja mais no quadro abaixo).

A Apex-Brasil, por exemplo, oferece auxílio a diversos setores, com qualificação de empresários e promoção comercial em outros países.

Já o Proex (Programa de Financiamento às Exportações), operado pelo Banco do Brasil, oferece às empresas financiamento e equalização, arcando com parte dos encargos financeiros incidentes, "de forma a tornar as taxas de juros equivalentes às praticadas internacionalmente".

Há ainda o PSI-SW (Projeto Setorial Integrado de Software e Serviços), destinado ao apoio à exportação de softwares e produtos ligados à área. O projeto oferece serviços como consultoria e pesquisa de mercado.

Anderson Spier, sócio da Calçados Biondini, afirma utilizar cartas de crédito do Proex para tornar seu produto mais competitivo lá fora.

"Eu recebo o dinheiro logo que envio a mercadoria, sem precisar aguardar a chegada do produto na empresa do comprador", diz Spier.

As exportações representam 12% de seu faturamento. Os planos são aumentar esse número para 25% neste ano.

 

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