Pedidos de patente por microempresas crescem 45% em cinco anos
DE SÃO PAULO
DANIELE MAIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A quantidade de pedidos de patente por microempresas cresceu, em média, 45% nos últimos cinco anos, segundo levantamento feito pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Em 2010, foram realizados 30 mil depósitos de patentes, e a expectativa para este ano é que esse montante passe para 33 mil.
Para Júlio César Moreira, diretor substituto de patente do Inpi, o resultado é bom e deve ser ainda melhor até o segundo semestre de 2012. O motivo, na opinião do especialista, é a implementação do depósito eletrônico, sistema de registro de patentes pela internet.
"Possibilitar que o acompanhamento do processo seja informatizado vai facilitar a vida de todo mundo. Hoje, a maioria dos pedidos está na região Sudeste, principalmente no Estado de São Paulo. Com o depósito eletrônico, o quadro tende a homogeneizar-se porque quem for de outros Estados não precisará ir a uma de nossas regionais."
Além disso, o Inpi prevê descontos de até 60% nas tarifas para micro e pequenas empresas. "O país se deu conta de que, se não investisse no desenvolvimento tecnológico, na ciência e na inovação, ficaria para trás", afirma Júlio.
Por isso, reitera ele, os empreendedores preocupam-se cada vez mais com o desenvolvimento de seus produtos e tornam-se competitivos no mercado.
Divulgação |
Produtos patenteados da Neodent, empresa de implantodontia |
NA PRÁTICA
Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou um modelo de utilidade outorgado pelo Estado aos inventores, autores, pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação.
Em contrapartida, o inventor é obrigado a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente. Ou seja, não basta ter uma boa ideia, é preciso protegê-la e registrá-la para garantir o retorno de todo o investimento. A definição é detalhada no site do Inpi.
O pedido de registro de patente custa R$ 80 para micro e pequenas empresas.
A Techno Training, em Curitiba, é pioneira no desenvolvimento de plataformas vibratórias e a única a fabricar produtos no Brasil com selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
A empresa existe desde 2001 e investe na pesquisa e no desenvolvimento de novos produtos. "Em 2008, criamos o aparelho vibratório com um conceito inovador, a vibração por eletro-ímã", diz Alexandre Giraldi, diretor industrial da empresa.
O executivo afirma ainda, que, como o foco da empresa é desenvolver produtos com inovação tecnológica, em breve espera recorrer ao Inpi para patentear novos projetos.
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